22.08A palestra “Administradores sem medo de inovar, de arriscar e de acreditar”, que abriu o segundo dia do 24º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, foi apresentada pelo líder do time de sistemas de engajamento e insight do laboratório de pesquisa da IBM no Brasil, Sergio Borger. 

Borger mostrou exemplos de como a tecnologia pode ser usada para otimizar os processos na Saúde e ainda contribuir para a economia do Setor. Trabalhando com inovação há mais de 20 anos, Borger defendeu a adoção de redes colaborativas para compartilhar aprendizados e otimizar a pesquisa e a formação de bancos de dados e informações na Saúde.

Para ele, “o conceito de inovação e colaboração estão bastante interligados, pois grande parte das inovações de impacto necessitam de colaboração em larga escala para terem sucesso”. Em entrevista à CMB, Sergio Borges disse que é possível investir em inovação mesmo durante a crise, que seria, segundo ele, um motivador para o surgimento de soluções estratégicas.

Segundo Borger, a participação dos colaboradores é essencial para os processos de mudança e transformação nas empresas. “A inovação não ocorre por mandato, nem é adotada (rapidamente) sem participação efetiva dos colaboradores. Um inventor pode criar uma máquina fantástica, que cura todos os males do mundo, mas se os médicos, enfermeiros e pacientes não a usarem, ela está fadada ao fracasso. Os colaboradores são essenciais no processo de criação, adoção e uso da inovação para que a mesma seja efetiva”.

Sergio Borger disse que o futuro da Saúde, no tocante às tecnologias é interessante. “Podemos ver que a velocidade da criação de novos produtos e na área médica tem crescido ano a ano. Pode-se dizer que em nossa história, a ciência médica nunca produziu tanto conhecimento tão rapidamente quanto hoje. O interessante é que a velocidade da inovação não parece diminuir e a cada dia temos novidades em todos os setores ligados à medicina”. Mesmo assim, segundo ele, os avanços médicos estão permitindo níveis cada vez mais profundos de personalização dos tratamentos, chegando a casos de técnicas de tratamento e remédios específicos para a genética e condições biomecânicas de um indivíduo.

“Este caminho de inovação ligado à saúde personalizada passa por várias fases de entendimento e adoção de novas tecnologias pelos pacientes, médicos, familiares, enfermeiros e toda a equipe de tratamento e cuidado de um indivíduo. As necessidades humanas de saúde nas próximas décadas irão demandar que novos caminhos para o tratamento personalizado sejam criados e com isso teremos uma miríade de novos produtos e serviços nascendo e sendo oferecidos. Acredito que as instituições que conseguirem fomentar colaborações efetivas ligadas às inovações emergentes serão aquelas que irão crescer e se desenvolver cada vez mais em polos de excelência médica e cuidado coordenado para a nossa sociedade”.

Por Lenir Camimura

Fonte: Newsletter Expressinho CMB