Taís Maurício - mulher de Edmilson; dr. Getúlio Amaral - integrante da equipe transplante renal da Santa Casa; Dalila Vaine Siqueira - recebeu um rim há pouco mais de um ano; dr. Horácio Alvarenga Moreira - coordenador da equipe de transplante renal da Santa Casa; Edmilson Cruz Andrade - recebeu um coração há dois anos; e dr. Rafael Santoro - integrante da equipe transplante cardíaco da Santa Casa

Taís Maurício – mulher de Edmilson; dr. Getúlio Amaral – integrante da equipe transplante renal da Santa Casa; Dalila Vaine Siqueira – recebeu um rim há pouco mais de um ano; dr. Horácio Alvarenga Moreira – coordenador da equipe de transplante renal da Santa Casa; Edmilson Cruz Andrade – recebeu um coração há dois anos; e dr. Rafael Santoro – integrante da equipe transplante cardíaco da Santa Casa

Quando você doa órgãos a vida continua. Com este slogan somado à força da história de dois ex-pacientes transplantados e o apoio de vários parceiros, a Santa Casa de Londrina lançou em setembro uma campanha para estimular a doação de órgãos em Londrina e região. A Campanha comemora os 70 anos do Hospital (7 de setembro) e também o Dia do Doador de Órgãos (27 de setembro), além de atender à filosofia da Instituição de Priorizar a Vida.

O lançamento teve a participação de Edmilson Cruz Andrade, 29 anos, que recebeu um coração há dois anos, e Dalila Vaine Siqueira, 18 anos, que recebeu um rim há pouco mais de um ano.  Eles são as estrelas dos audiovisuais em que contam suas histórias de sofrimento na fila de espera e renascimento com o transplante. Os audiovisuais foram produzidos em parceria com a NTV cine e vídeo e Auddio Data Londrina e são veiculados por TVs, cinemas e sites da imprensa local, entre outros.  

“Os números mostram que a resistência da sociedade ainda é muito grande na doação de órgãos dos pacientes que, infelizmente, estão em morte encefálica. A vida pode ter continuidade com a doação. A Santa Casa quer chamar a atenção para isso e continuar dando cuidado à vida das pessoas”, destaca o superintendente da Irmandade da Santa Casa de Londrina (ISCAL), Fahd Haddad.

Em média, 48% das famílias no Brasil recusam doar órgãos, segundo estatísticas. Levantamento do primeiro semestre de 2014, feito pela Comissão Intra-Hospital de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da ISCAL, comprova o índice. Das 18 notificações de morte encefálica dos hospitais do grupo, oito órgãos eram viáveis para doação. Destes, apenas quatro foram doados.

Segundo a coordenadora de enfermagem da CIHDOTT – ISCAL, enfermeira Érika Bezerra Ludwig,  muitos recusam doar por desconhecer o desejo do ente que morreu. “A família tem que decidir pela doação num momento de muita tristeza. Quando conhecem o desejo do ente querido, fica tudo mais fácil”, destaca a enfermeira.

Fila de espera e transplantes – Neste ano, de acordo com estatísticas da Comissão de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (COPOTT) de Londrina, 95 transplantes foram realizados na região, sendo 70 de córneas, 23 de rim e 2 de coração. Destes, 12 de rim e 2 de coração na Santa Casa de Londrina que o único hospital do interior do Estado credenciado para transplantes cardíacos. O primeiro deste tipo no Hospital foi em 1994. Antes, em 1985, o Hospital realizou o primeiro transplante de rim. Nesses 70 anos de atividades, já são 340 transplantes renais e 50 cardíacos. Apesar desses números, dados da COPOTT – Londrina revelam que 500 pessoas aguardam por um órgão em Londrina e região, destas 300 esperam por um rim. No Paraná, o número sobe para mais de 2.000 pessoas, sendo mais de 1.600 aguardando por rim e 50 por coração.

Confira abaixo as fotos do evento: