3º Encontro HOSPSUSOs representantes de hospitais públicos e filantrópicos do Paraná estiveram reunidos hoje para o 3º Encontro Hospsus – Programa de Apoio e Qualificação dos Hospitais Públicos e Filantrópicos do Paraná. O evento, que aconteceu em Curitiba, foi promovido pela Secretaria de Saúde em parceria com a Femipa.

O programa atende, hoje, 255 instituições públicas e filantrópicas do Paraná. A terceira edição do encontro reforça a parceria do governo do Estado com os hospitais e prevê novos horizontes de realizações conjuntas para levar saúde e qualidade a todos os paranaenses.

Na mesa de abertura estavam o superintendente de Gestão de Sistemas da Saúde, Paulo Almeida, representando o governador do Paraná, Beto Richa; o presidente da Femipa, Luiz Soares Koury; o presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES), Antônio Garcez Neto; e a superintendente da atenção à Saúde,  Marcia Huçulak, que representou o secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto.

A primeira a falar no encontro foi Márcia. Ela lembrou que no mesmo auditório, em 2011, foi apresentada a proposta do Hospsus à Femipa e aos diretores dos hospitais afiliados. “Foi um choque. Mas eu acho que depois de quatro anos, estamos colhendo bons frutos desta parceria, mostrando que nosso intuito enquanto governo é dialogar e apoiar as estruturas hospitalares em todas as regiões do Estado, com melhoria na infraestrutura e na capacitação, fazendo com que isso resulte em melhor atendimento para a população paranaense”, disse.

Segundo a superintendente, o passo que o Paraná tinha que dar era o da qualidade. Na avaliação dela, o Estado já conseguiu garantir acesso à saúde. “Nós chegamos à era da qualidade. Nós já apontamos isso com a questão do Hospsus Fase III, em que os hospitais de pequeno porte serão atendidos. Agora, precisamos aprofundar muito a questão da qualidade e melhoria dos processos e de gestão na atenção hospitalar”, resumiu.

Para Antonio Garcez Neto, o Paraná, a partir do governador Beto Richa, do secretário Michele e de toda a equipe, mostrou que iria trabalhar com a parceria. Hoje, segundo ele, é momento de comemorar a união entre o Estado e a Femipa, o Estado e o Conselho e o Conselho e a Femipa. Ele conta que, na última eleição, o Conselho Estadual de Saúde colocou como proposta para todos os candidatos ao governo do Paraná a manutenção de programas como o Hospsus. Todos que compareceram à reunião assinaram a proposta. Ele reforça que o pedido é para continuidade dos programas de qualificação e que o Conselho realmente acredita no Hospsus.

“Quem vive a realidade dos hospitais filantrópicos, e aqui eu posso ser exemplo, porque eu dirijo um hospital que faz parte do programa Hospsus, sabe da dificuldade financeira que os hospitais passam, pelo descaso do governo federal frente às situações dos hospitais filantrópicos do Brasil. Se não tivéssemos programas de qualificação do Estado, bem como ajuda de alguns municípios, que também se dispuseram a fazer parte desta qualificação e estão apoiando os hospitais, eu não sei como nós estaríamos hoje. O Hospsus para os hospitais filantrópicos tem uma grande importância financeira, porque está nos ajudando a manter o nosso corpo clínico e os funcionários, e a qualificação. Queremos mostrar para o Brasil inteiro que se faz saúde com parceria em qualificação. Parabéns a todos nós por termos dado as mãos e feito desse programa o sucesso que é hoje”, comemorou.

Em seguida foi a vez do presidente da Femipa fazer um discurso aos presentes. Koury ressaltou a importância da integração entre os hospitais, não só filantrópicos, mas públicos também. “O que nós fizemos, juntos, foi provar que tanto os públicos, quanto os filantrópicos são capazes de atender bem a população. Depende de um esforço de gestão e de financiamento”, avaliou.

Mas o presidente da Femipa fez um alerta. “A única coisa que nós nos queixamos é da falta de regularidade nos repasses. Eu não posso deixar de mencionar isso. Mas, no restante, nós achamos que o programa foi perfeito até aqui. Precisamos continuar nesse esforço de melhoria para o futuro. A continuidade do programa e a possibilidade de incluir os hospitais de menor porte são boas notícias”, afirmou.

Para finalizar a cerimônia de abertura, Paulo Almeida afirmou que a ideia do Hospsus foi concebida na campanha do governador Beto Richa. “Hoje, quem ouve o nosso governador vê que o programa é uma das maiores marcas desse governo. Trata-se de uma parceria constituída com a Femipa e também com o Conselho Estadual de Saúde, que aprovou e apoiou a instituição e acompanha e monitora todas as ações para que possamos qualificar a assistência hospitalar no Paraná”, analisou.

O superintendente anunciou que já há recursos previstos no orçamento de 2015 para, a partir de março, uma alteração de custeio na urgência e emergência. “Nós estamos discutindo como vamos aplicar isso. Lembro que o foco do Hospsus é urgência, emergência e gestação de parto de risco. Agora queremos trazer outras despesas, porque sabemos das dificuldades que os hospitais enfrentam para sua sustentabilidade. É um processo que não termina, que tem todo o apoio do secretário Michele Caputo. Ele, inclusive, sempre diz que a melhor parceria é aquela que dá certo e que é importante para o usuário do Sistema Único de Saúde (SUS)”, completou. Quanto à regularidade dos repasses, Almeida afirmou que espera que seja possível manter os pagamentos em dia.

Programação

A programação do evento incluiu ainda a apresentação do médico e especialista em gestão de sistemas de saúde e hospitais, Welfane Cordeiro Junior sobre o cenário da gestão hospitalar e as novas tecnologias de gestão aplicadas aos hospitais. Ele apresentou o panorama do atendimento em hospitais de países europeus e nos Estados Unidos e as soluções encontradas por esses mercados.IMG_3629 (1)

Salientou que o aumento da demanda por consultas ambulatoriais e serviços de urgência têm levado países como Reino Unido, por exemplo, a fazerem uma reforma no sistema de saúde. “Foi necessário, nesse caso, aumentar a entrega do serviço na atenção primária para garantir a qualidade dos serviços”, explicou.

Ele alerta que no Brasil não é diferente, que esse crescimento na procura pelos serviços de urgência e emergência já é uma realidade. Atrelado a isso, é preciso ficar atento a outros fatores que já começam a impactar o sistema de saúde como o envelhecimento da população e a cultura do consumo do paciente, que passa a enxergar a saúde como uma mercadoria.

Entre as soluções apresentadas pelo especialista ele mencionou questões como a estruturação de rede, a coordenação e comando únicos de forma regionalizada, a categorização dos serviços, a necessidade de trabalhar com indicadores de avaliação das performance, entre outros.

Cases

O Encontro  também foi a oportunidade dos gestores compartilharem experiências exitosas e proporem ações para fortalecer o programa no Estado. Também foi o momento de avaliar o cumprimento das metas e os indicadores levantados a partir do monitoramento realizado pela Secretaria da Saúde.

No período da tarde, representantes de cinco hospitais apresentaram suas experiências de sucesso na atuação dentro das Redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência. A intenção foi mostrar que o trabalho articulado entre as equipes de saúde tem impacto direto na qualidade dos serviços do hospital.

5Banco de leite
Durante o evento, 10 hospitais do Paraná receberam o certificado que credencia seus bancos de leite humano à rede nacional. São eles: Hospital São Vicente de Paula (Guarapuava), Hospital da Providência (Apucarana), Hospital Bom Jesus (Toledo), Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Cascavel), Hospital Universitário de Maringá, Hospital Universitário de Londrina, Hospital de Clínicas da UFPR (Curitiba), Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e Hospital da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira (Ponta Grossa).

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Femipa