24.11 3Uma faixa colocada na entrada da Associação Hospitalar Beneficente Misericórdia de Vila Itoupava, em Blumenau, alerta aos pacientes não apenas as dificuldades enfrentadas pela instituição de saúde, mas por todos os hospitais filantrópicos de Santa Catarina. Com a frase “Hospitais filantrópicos estão fechando as portas. Este pode ser o próximo“, o objetivo do alerta é cobrar para que os repasses do SUS ocorram em dia e deixem de prejudicar o funcionamento do local.

De acordo com o administrador do hospital, Atilano Junk Laffin, a faixa foi colocada em setembro durante manifestação em vários hospitais filantrópicos do Estado e permanece na entrada do hospital.

— Cerca de 80% dos atendimentos feitos no hospital se dão através do SUS. Por vezes temos atraso de 30 a 60 dias para receber o repasse. As contas se acumulam e prejudicam o fluxo do caixa. Vários hospitais menores passam pelo mesmo problema — reforça Laffin.

Entenda a reivindicação
Em Santa Catarina, onde existem 122 instituições filantrópicas, a rede é responsável por 81% dos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde. Pelo menos 83% dos 2,6 mil hospitais filantrópicos brasileiros operam no vermelho, acumulando uma dívida que ultrapassa R$ 17 bilhões.

Entre as reivindicações da Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos de Santa Catarina estão o reajuste da tabela do SUS, anistia de dívidas, criação de programa específico para hospitais de pequeno porte e isenção do pagamento da tarifa de energia elétrica para os estabelecimentos que atendam os usuários do SUS.