O ministro da saúde, Arthur Chioro, disse em reunião na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que o Brasil não pode depender tanto de insumos internacionais na área da saúde.

“Um país com 202 milhões de habitantes, com um sistema público que tem obrigações universais para com todas essas pessoas, com um país que tem 52 milhões de beneficiários de planos de saúde, é decisivo garantir a soberania de nossa indústria e a capacidade de desenvolvimento nacional”, disse o ministro em reunião com mais de 200 empresários presentes.

Segundo o ministro, para que isso ocorra é necessário que outros campos sejam desenvolvidos paralelamente, como a biossegurança, a biotecnologia, o patrimônio genético e da propriedade intelectual.

Para o superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fraccaro, mesmo tendo capacidade de suprir mais de 90% das necessidades de equipamentos e materiais de consumo de um hospital, a indústria nacional de equipamentos médicos necessita de uma política industrial que objetive dar mais sustentabilidade ao setor.

Mesmo com o aumento de 7,8% nas exportações e queda de importações em 2,6% em 2014, o deficit da balança comercial do setor de equipamentos para a saúde encerrou o ano passado em US$ 3,98 milhões. Segundo a ABIMO, em 2015 as exportações devem crescer 2% enquanto as importações devem cair 11%.

A Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) é a entidade representante da indústria brasileira de produtos para a saúde que busca promover o crescimento sustentável do setor no mercado nacional e internacional.

Fonte: Revista Hospitais Brasil