O senador Lasier Martins (PDT-RS) disse que o governo é que tem que socorrer a população, e não o contrário. Ele criticou a presidente da República, Dilma Rousseff, por querer recriar a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) para cobrir o rombo nas contas públicas.

Esse cenário, na opinião do senador, é uma das consequências da falta de profissionalismo no gerenciamento da administração pública, problema que ocorre há muito tempo, mas que ficou evidente nos últimos anos.

Lasier Martins disse que as ações do governo não são devidamente planejadas, executadas e fiscalizadas, o que gera prejuízos para os cofres públicos. E isso revela a ineficiência da administração pública, acrescentou.

Esse tipo de problema, disse o senador, ocorre em vários setores. No energético, por exemplo, o governo promoveu o desmantelamento da Petrobras, cuja dívida hoje equivale ao valor correspondente à cobrança de uma década e meia de CPMF, comparou.

Na questão ambiental, acrescentou o senador, a falta de fiscalização e controle ficou evidente na tragédia de Mariana; já na saúde, a omissão do governo é uma das causas da explosão de casos de transmissão do zika vírus, da dengue e do chicungunha pelo mosquito Aedes aegypit.

— Se somarmos isso a um estado grande, inchado, permeado por um número interminável de estatais que consomem milhões, fica evidente que a ineficiência é a marca da atual administração — afirmou o senador.

Lasier Martins apontou ainda a corrupção no setor público como um dos motivos da crise que o país atravessa e cobrou do governo medidas para reduzir os gastos públicos.

BNDES

O senador também defendeu projeto de sua autoria que proíbe o sigilo bancário em todas as operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Por ser um banco que promove o desenvolvimento por meio de taxas de juros mais baixas, usando dinheiro do contribuinte, é essencial que suas operações sejam transparentes, disse o senador.

— O BNDES não é um banco comercial. O povo brasileiro precisa saber para onde está indo o dinheiro do BNDES. O banco não pode permanecer uma caixa-preta, como tem sido até hoje. É preciso que saibamos como os seus recursos são gastos — afirmou o senador.

Fonte: Agência Senado