Nos dia 15, 16 e 17 de maio, aconteceu a 13ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná, importante fórum que reúne todos os segmentos da sociedade para discutir as propostas que vão nortear as políticas públicas para o Sistema Único de Saúde (SUS). No encontro, a FEMIPA foi reeleita como entidade conselheira, representando as instituições filantrópicas vinculadas ao SUS, para a gestão 2024-2028 do Conselho Estadual de Saúde, órgão do qual a Federação participa ativamente há anos. Além disso, a moção de reivindicação apresentada pela entidade, pleiteando o reajuste dos valores destinados aos hospitais que integram o Programa de Apoio e Qualificação de Hospitais Públicos e Filantrópicos do Sistema Único de Saúde do Paraná (HOSPSUS), foi aprovada pelos mais de 900 delegados presentes.

Na avaliação do presidente da FEMIPA, dr. Charles London, a Conferência foi excelente, com discussões importantes que poderão trazer avanços para o SUS. Ele destacou a excelente presença dos hospitais afiliados, que levaram um grande número de representantes para debater as propostas e defender as demandas das instituições filantrópicas.

“Somos importantes parceiros do SUS, fundamentais nesta rede de atendimento à saúde no Paraná, e precisamos de avanços e de melhores condições. Este é um dos espaços em que podemos apresentar nossas demandas, e a participação maciça dessas entidades reforça o nosso compromisso com o sistema de saúde e com a população paranaense. Ao longo dos anos, temos participado ativamente dos debates e, nessa Conferência, nosso trabalho mais uma vez foi reconhecido, com a importante conquista da vaga de entidade conselheira do Conselho Estadual de Saúde”, celebra.

Ainda segundo London, pontos importantes para os hospitais foram discutidos e aprovados, como os reajustes em diversos incentivos, entre eles qualificação no parto e urgência e emergência. A moção de reivindicação apresentada pela Femipa, aprovada na integralidade, também seguiu esta linha, solicitando o reajuste dos valores destinados aos hospitais que participam do HOSPSUS. Criado em 2011, o programa viabiliza o custeio de diversas ações de manutenção, estruturação e ampliação da rede hospitalar, proporcionando o aumento da oferta de leitos e a qualificação dos serviços existentes. Apesar do aumento significativo das despesas relacionadas à saúde, associado a fatores como a inflação e a pandemia de Covid-19, os valores relativos ao HOSPSUS não são reajustados há anos, o que prejudica o acesso da população a serviços de qualidade e com resolutividade.

Conferência

A 13ª Conferência Estadual de Saúde do Paraná aconteceu no Expotrade Convention Center, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, com o tema central “Garantir direitos e defender o SUS, a vida e a democracia – Amanhã vai ser outro dia”. A programação trouxe painéis temáticos e grupos de trabalho enveolvendo quatro eixos principais: 1) O Brasil que temos. Brasil que queremos; 2) O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas; 3) Garantir direitos e defender o Sistema Único de Saúde (SUS), a vida e a democracia; e 4) Amanhã vai ser outro dia para todas as pessoas.

No encontro, foram eleitas as entidades que vão compor o Conselho Estadual de Saúde do Paraná na gestão 2024-2028, aprovadas as propostas para nortear as políticas de saúde e escolhidos os 140 delegados para a Conferência Nacional de Saúde, marcada para acontecer entre os dias 2 e 5 de julho, em Brasília (DF). Três representantes de hospitais afiliados à Femipa estão entre os eleitos para participar da etapa na capital federal.

Durante a cerimônia de abertura, o secretário Beto Preto enalteceu o papel da saúde pública durante a pandemia. “O Paraná travou uma grande batalha, mobilizando recursos históricos, adotando estratégias que perdurassem, inclusive após a pandemia, investindo na nossa rede de saúde em oposição aos hospitais de campanha, por exemplo, o que nos legou leitos, equipamentos e mais estrutura “, afirmou.

Ele reforçou, ainda, a necessidade de uma revisão no financiamento do SUS. “Temos batido insistentemente nessa tecla. A tabela do SUS não tem reajustes há pelo menos 14 anos. É preciso manter um diálogo conciso, porém de cobrança com o governo federal, para que tenhamos mais recursos e possamos, de maneira tripartite, contribuir para o funcionamento vital da saúde pública”, disse.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa, com informações da Sesa