A quarta edição do Prêmio na categoria “Gestão de Assistência e Segurança do Paciente”, promovida durante o 14º. Seminário Femipa, conheceu todos os finalistas nesta quarta-feira (30), no encerramento do segundo dia de palestras. Concorrem ao prêmio três instituições de Curitiba e uma de Laranjeiras do Sul. Os vencedores serão premiados na quinta-feira (31), no encerramento do seminário.

Hospital Universitário Cajuru

O projeto “Construindo uma cultura de Segurança do Paciente” foi detalhado por Melina Danny de Oliveira, Analista de Qualidade Pleno do Hospital Cajuru. As ações visam a um planejamento de ações para influenciar o desenvolvimento da cultura de prevenir e descobrir possíveis falhas que coloquem a integridade dos pacientes em risco. Várias iniciativas são realizadas em todos os setores, como rodas de conversas com os gestores, que apresentam os relatos de seus colaboradores.

Um dos pontos principais do projeto de prevenção de acidentes é o incentivo de notificações para evitar que as situações de ameaça aos internados se repitam. O monitoramento visa evitar, por exemplo, queda de pacientes do leito, a presença de pulseiras de identificação e o uso de ferramentas online para as checagens e notificações. Todas essas informações fazem parte de um bando de dados que formam indicadores mensais tanto de ocorrências como notificações, tudo focado para manter em alto nível a segurança das pessoas enquanto estiverem internadas no Cajuru.

Instituto de Assistência Social e Saúde São José

“Atendimentos humanizados aos pacientes de UTI”, do Instituto de Assistência Social e Saúde São José, de Laranjeiras do Sul, foi o único representante do interior do Estado. De acordo com Marly Regina Maçaneiro, gestora do Instituto de Assistência Social e Saúde São José, as iniciativas de humanização procuram envolver todos os funcionários, desde médicos, pessoal da enfermagem, aos responsáveis pela limpeza e administração.

Várias ações foram criadas para enfrentar o impacto da internação no próprio paciente e familiares. Para isso, várias ações foram criadas. São elas: Boletim Médico Diário para Familiares, Ligação Diária da Assistente Social, Vídeo Chamada diária com os familiares, áudio dos familiares para pacientes intubados, visita de um familiar para o paciente grave e visita dos familiares na hora da alta. “Essas ações são para ajudar o paciente a se recuperar. O senso de humanização deve estar sempre presente”, afirmou a gestora Marly.

 

 

Hospital Pequeno Cotolengo

Com “O planejamento do cuidado pelo olhar de uma equipe multidisciplinar”, Silvana Franqui de Campos, coordenadora do Hospital Pequeno Cotolengo, em Curitiba, expôs ações que estão dando resultado no processo de atendimento e recuperação de pacientes da instituição. A meta é que os profissionais participantes alcancem os resultados mediante uma série de planejamentos. O foco é que as equipes multidisciplinares sejam as protagonistas. Diariamente, elas se reúnem, fazem a visita a cada paciente, aproveitando para atualizar os prontuários eletrônicos.

Uma vez por semana a equipe volta a se reunir para identificar os aspectos que precisam ser melhorados para a continuidade do tratamento. Essas ações ajudam a alcançar resultados envolvendo pacientes que passaram a melhorar movimentos que antes não executavam, como se alimentar sem ajuda de terceiros. As equipes também promovem o fortalecimento dos vínculos, com valorização do convívio familiar, além de iniciativas de ressocialização. Terapias individuais, com animais, reabilitação motora, atividades de lazer e terapêuticas, muitas delas em grupo, visam fortalecer o aprendizado conjunto.

Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba

“Nosso paciente sai do leito, recebe todos os cuidados da enfermagem e vai para a sala de convivência. Só volta para o leito se assim desejar”, afirma Silvana, citando resultados que mostram pacientes que conseguem superar limitações motoras e de deslocamento que apresentavam quando da chegada à instituição.

O “Programa de qualidade de vida de pacientes puérperas”, do Hospital Nossa Senhora das Graças de Curitiba visa a prestar atendimento a gestantes que ganham alta da instituição. De acordo com Zenira da Aparecida Bueno Santana, coordenadora de Enfermagem da maternidade do hospital, o objetivo foi “entender como entregar esses pacientes de volta à sociedade envolvendo os aspectos físicos e emocionais das puérperas”.

Um questionário foi formulado para investigar o estado de saúde e emocional das mães. “Se o questionário identificar alertas, a paciente é orientada a entrar em contato com seu médico ou retornar ao pronto atendimento. Monitoramos em seis meses de pesquisa que a principal queixa era relacionada à fissura mamilar”, destacou Zenira.

Foram adotadas medidas de prevenção para uma melhora das pacientes, intensificando a capacitação da equipe para orientar a manutenção e entrega de kit para proteger a área dos mamilos e medicamentos especiais. Com intensificação dos cuidados, houve resultados positivos com redução de 60% dos casos de queixas, e sem a necessidade de nova internação das pacientes.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa - Dimitri Valle