Garantir que o paciente que chega a um hospital não corra riscos desnecessários ou eventos adversos que lhe causem danos. Esses são alguns dos desafios enfrentados diariamente pelos hospitais de todo o mundo. Nos Estados Unidos, erros associados à assistência à saúde causam todos os anos entre 44 e 54 mil danos aos pacientes. Na Europa, um em cada dez internados sofrem eventos adversos que poderiam ter sido evitados. Os dados foram apresentados pela auditora do Hospital Universitário Cajuru, Simone Simioli, durante a palestra Paciente Seguro, nesta tarde de sexta-feira (11), no Seminário Femipa.

De acordo com Simone, o hospital tem direcionado esforços para atingir as metas internacionais de segurança do paciente e cirurgia segura. Entre os pontos que já foram implantados estão a identificação do paciente com o uso de pulseiras com cores diferentes; a melhor da comunicação na passagem dos plantões por meio de relatórios escritos; a melhora na segurança da medicação de alto risco, com a rastreabilidade que hoje é feita até o farmácia, mas com o objetivo de chegar até o paciente;a sensibilização das equipes para realizar as cirurgias com local de intervenção correto; redução dos riscos de infecção com visitas técnicas, conscientização da importância da higienização das mãos; além do gerenciamento de riscos, como reforço na segurança para evitar evasão.

Outro exemplo apresentado foi o do Hospital Nossa Senhora das Graças, que tem investido em práticas para garantir a cirurgia segura. O diretor técnico Luiz Sallim Emed, lembrou que o que dá certo dentro das instituições é aquilo que é simples. “Hoje o paciente é usuário, consumidor de saúde e sabe dos seus direitos”, afirmou. Para o médico, um programa de segurança do paciente só funciona quando há o comprometimento de toda a equipe. “Precisamos despertar a consciência dos profissionais para a necessidade de oferecer mais qualidade e segurança aos usuários”, defendeu. De acordo com o diretor, os resultados com essas mudanças vão refletir em benefícios para os pacientes, menor risco para os profissionais e no reconhecimento da instituição.