Por Bernt Entschev, fundador e conselheiro da De Bernt

O termo ‘4.0’ vem sendo explorado em praticamente todos os segmentos nos dias de hoje. Nascido na indústria, para traduzir uma nova revolução que se aproxima com o advento da tecnologia, entre elas, por meio da internet das coisas, hoje a expressão vem remetendo algo em que os diferentes setores estão se mobilizando para aproveitar o ‘boom’ das novas ferramentas online, para que o dia a dia de trabalho seja facilitado, trazendo maior qualidade nos serviços para colaboradores e para clientes.

A saúde é um segmento que não fica de fora. Aliás, as descobertas no campo da medicina, por exemplo, sempre encheram os olhos da sociedade, devido a tecnologia permitir a aplicação dos estudos realizados. Mas agora iremos muito além, entraremos em um campo do atendimento das pessoas utilizando das novas ferramentas. É neste ponto que o profissional que atua com a saúde terá uma vasta gama de possibilidades para aperfeiçoar o seu trabalho.

Para quem está antenado a essa tendência, é muito importante focar no tipo de tecnologia a qual deseja implantar em seu negócio. Hoje há uma diversidade grande à disposição, então escolher o que mais se adequa ao negócio facilita a gestão.

Por outro lado, também é aconselhável conectar-se a outros dispositivos tecnológicos que permitam a interação entre os diversos públicos de relacionamento. Ou seja, aquilo que for para fora da estrutura precisa estar ao alcance de pacientes, colaboradores, prestadores de serviços, entre outros públicos de relacionamento.

Havendo essa sinergia, o gestor deve delinear meios para o controle de informações. Se a ideia de uma clínica é dispor de atendimentos online, então manter um histórico atualizado dos pacientes e de forma a acessá-los rapidamente torna-se indispensável. Somente assim a agilidade e a assertividade serão passíveis no momento de um atendimento remoto.

Recentemente o filho de um amigo meu relatou a mim que sua mãe sofreu uma pequena queda e acabou por ter uma luxação em um dos pés. De imediato ele passou uma mensagem instantânea para a geriatra de sua mãe, a qual fez as primeiras considerações e deixou claro que tipo de medicamento ela não poderia usar devido ao histórico de outros remédios que a idosa usa continuamente. Também se colocou à disposição para que na consulta com o ortopedista o profissional pudesse fazer contato com ela para que, juntos, pudessem achar o melhor tratamento. Desta forma, a especialidade de um e do acompanhamento histórico do outro convergiram no melhor diagnóstico e no melhor tratamento para aquele caso.

Esse exemplo é emblemático e simples, mas só foi possível porque essa médica tem uma organização bastante profissional do histórico de seus pacientes, o que permitiu pegar o histórico desta senhora, cruzar com a demanda a qual a paciente apresentava e, junto de outro médico, também antenado às novas tecnologias, chegar ao melhor tratamento. Tudo sem precisar arredar os pés de onde estavam.

Essas situações ficarão cada vez mais comuns nos próximos anos e teremos outro olhar para a saúde como um todo. Por isso, todo profissional da área, do técnico ao especialista, do administrativo aos laboratórios, todos sentirão essa revolução, pois a própria sociedade vai exigir isto, ou seja, o fator humano ainda continuará a ser o maior desafio da tecnologia. Clínicas, hospitais e consultórios devem buscar investir no engajamento de seus colaboradores, visando explorar todo esse potencial tecnológico que se aproxima.

Agilidade e organização serão palavras de ordem para quem quer continuar a prestar um bom serviço.