O coronavírus causa uma inflamação muito grande nos pulmões, afetando diretamente a troca gasosa e, por isso, os pacientes entram em falência respiratória muito rapidamente. Dessa forma, a fisioterapia tem papel fundamental tanto no início do tratamento como na recuperação.

Segundo a Dra. Natália Varella, fisioterapeuta intensivista do Hospital São Vicente, a fisioterapia é dividida em duas áreas, a motora e a respiratória. A motora normalmente é a mais conhecida. No caso da COVID-19, a respiratória tem grande importância dentro da UTI. “Começamos fa azendo uma avaliação do padrão ventilatório do paciente, se ele está com esforço, se precisa de suporte ventilatório maior, seja a ventilação não invasiva ou a mecânica invasiva, o que é sempre discutido com uma equipe multidisciplinar”, conta.

Os pacientes com coronavírus têm avançado rapidamente para necessitar da ajuda dos aparelhos. É preciso fazer então toda a adequação dos parâmetros respiratórios: “Frequência respiratória, volume corrente, pressão expiratória positiva, que é a que mantém os pulmões mais armados, entre outros parâmetros. Por essa doença ter um curso muito longo, entre duas e três semanas, desde que é instituída a ventilação mecânica, é comum que quando o paciente ainda está precisando desse auxílio, surjam novos pacientes. Por isso comenta-se tanto sobre a superlotação das UTIs e a importância do isolamento social”, complementa Natália.

Passado o período crítico, é preciso retirar o suporte ventilatório. “Nessa segunda fase, entra junto a fisioterapia motora, para o paciente ganhar a força muscular perdida nesse período de mobilização. Além da otimização da higiene brônquica e, por fim, que ele consiga respirar sozinho”, finaliza.

Fonte: Hospital São Vicente