21.05 3Os pleitos e as necessidades emergenciais do setor filantrópico foram apresentados ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, na noite dessa quarta-feira (20), durante a abertura do 24º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos. Em seu discurso, o presidente da CMB, Dr. Edson Rogatti, destacou que “o financiamento aquém do necessário ao SUS afeta diretamente nosso trabalho, porque também sofremos com a falta desses recursos. Mas, mantemos nossa missão histórica de atender a população e de trabalhar pelo bem dos necessitados, apesar dos 15 bilhões de Reais em dívidas que temos e de enfrentarmos um déficit anual de 5,1 bilhões de Reais na assistência ao SUS”.

O presidente também reconheceu que o Ministério da Saúde tem se empenhado para criar novos incentivos que possam corrigir a defasagem da tabela SUS, mas que a pasta também enfrenta um gargalo quando o assunto é orçamento.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, considerou o documento apresentado pelas Santas Casas como uma reivindicação importante. “O setor filantrópico de Saúde tem conseguido propor uma agenda factível a cada ano, o que é muito bom, porque nos ajuda a dialogar”. Ele apontou alguns desafios para o Setor, como a qualificação dos hospitais, apontando a necessidade para a mudança do modelo de pagamento; o modelo de atendimento nas redes de atenção e melhorias na gestão; e a necessidade de renovação, com a implantação de novas tecnologias e seu impacto nos serviços.

Chioro assumiu o desafio de acabar com a tabela do SUS. “Queremos continuar com um modelo de pagamento com base na produção? A tabela causa profundas deformações porque produz iniquidade e faz todo o sistema refém. Precisamos ter a ousadia de dar mais passos para negociar maneiras de mudar esse modelo”.

De acordo com o ministro, o Governo está trabalhando uma agenda, até o final do ano, para apresentar uma proposta de mudança no modelo de pagamento de forma geral e uma forma de acrescentar incentivos à remuneração também dos hospitais de pequeno porte, tanto filantrópicos, quanto municipais.

Fonte: Newsletter Expressinho CMB