A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um comunicado nesta quarta-feira (9 de setembro) sobre a suspensão dos testes da vacina de Oxford. O anúncio sobre a pausa nos testes aconteceu no dia anterior e foi feito pelo laboratório Astrazeneca, parceiro da Universidade de Oxford nesta pesquisa. O Brasil e outros países participam da fase 3 dos testes da vacina de Oxford, como ficou conhecida a vacina contra Covid-19 desenvolvida neste estudo.

A Anvisa informou que recebeu o comunicado sobre a suspensão por parte da Astrazeneca e que está acompanhando o caso.

O laboratório informou que o estudo COV002, que trata da avaliação de segurança e eficácia da vacina ChAdOx1 nCoV-19, será interrompido temporariamente, até que o evento adverso grave observado num voluntário do Reino Unido seja investigado quanto à sua relação com a vacina. Com isso, os testes no país também precisam ser suspensos.

A suspensão foi considerada um balde de água fria, pois os resultados apresentados anteriormente pelos pesquisadores haviam sido considerados promissores.

No Brasil, a Fiocruz e a Anvisa já tinham discutido detalhes sobre a produção da vacina de Oxford no país, após a finalização dos testes.

A agência declarou que, no Brasil, não há relato de eventos adversos graves em voluntários. A Anvisa já está em contato com o laboratório Astrazeneca para o acesso à totalidade das informações e interlocução com outras autoridades de medicamentos no mundo. 

O objetivo é verificar se, de fato, o efeito inesperado tem relação com a vacina aplicada. Essa investigação é conduzida por um comitê independente de segurança, obrigatório para qualquer estudo clínico regulatório, composto por pesquisadores internacionais que não estejam vinculados ao estudo e que tem por função avaliar o caso e julgar a causalidade do evento adverso.

Fonte: Saúde Debate