Durante a pandemia da nova Covid-19, houve um aumento significativo no preço de medicamentos e EPI’s (equipamentos de proteção individual). A partir do trabalho realizado com o Secretário da Saúde, Dr. Beto Preto, comunidade e Femipa, nenhum paciente ficou desassistido nesse momento de emergência.

“Houve um aumento muito grande nos valores, devido ao desabastecimento do mercado. Mas garantimos que nenhum paciente ficasse desassistido”, explica Daniela Livrari Figueroa, Farmacêutica coordenadora do Hospital da Providência.

A alta no valor desses itens se dá pelo maior número de procura do que de ofertas. “Alguns itens subiram em até 1000% de seu valor.

Como faltou produto, a procura era muito maior do que a fabricação, isso gerou uma disputa comercial, os que tinham ofereciam por preços altíssimos”, clarifica Daniela.

A farmacêutica revela ainda, que de um modo geral, todos os medicamentos sofreram esse encarecimento, contudo os fármacos base para tratamento covid subiram mais.

“O aumento foi encabeçado principalmente por sedativos e bloqueadores neuromusculares, que são base para o tratamento covid.

Os EPI’s seguiam a mesma linha de aumento no valor”, informa.

Um dos fatores que colaboraram para que não faltassem medicamentos foi a liberação feita pela ANVISA para a importação de medicamentos críticos. Daniela explica que medidas de controle foram feitas para garantir o bom uso de cada medicação.

“Adotamos um controle bem rígido, com a orientação de que nada deveria ser desperdiçado, toda dose era preciosa para nós”, afirma.

A Secretaria do Estado de Saúde do Paraná contribuiu para garantir que os medicamentos chegassem aos pacientes.

“Contamos também com a ajuda da SESA, que implantou uma rotina de receber semanalmente relatórios com nossos consumos e estoques, para fornecer alguns medicamentos para o hospital”, conta Daniela.

A coordenadora ressalta que houve uma sensibilização de toda a comunidade para ajudar neste momento difícil.

“O hospital contou com a ajuda da comunidade de um modo geral. Nosso setor interno de projetos organizou campanhas que trouxeram muitas contribuições da população.

Alguns de nossos projetos foram prontamente atendidos, um exemplo são as doações de EPI’s que recebemos da Femipa, pessoas físicas, que colaboraram com bombas de infusão e silicone para os pacientes e, o projeto Salvando Vidas, promovido pela BNDES em parceria com a CMB”, expõe.

Dra. Camila Carvalho, médica intensivista, responsável pela UTI do setor exclusivo covid-19 do Hospital, no intuito de colaborar com a compra de insumos, arrecadou fundos e pôde contar com a ajuda de muitos.

“Fizemos uma ação onde as pessoas poderiam contribuir com qualquer valor, foi algo bem simples, o setor de projetos fez um texto base e nós fomos repassando para quem conhecíamos por whatsapp.

Algumas famílias de ex-pacientes manifestaram a vontade de nos ajudar, então falávamos da ação”, explica.

Com a urgência pela chegada de medicamentos, o Hospital contou sempre com o apoio voluntário da transportadora Trans-Apucarana, que possibilitou a chegada de medicamentos em menos de 24h.

Daniela salienta que apesar do número de ocupação ter caído a pandemia ainda continua, assim como os cuidados e demandas do hospital para com seus pacientes e colaboradores.

“Gostaria de lembrar que a pandemia não acabou, nosso consumo de EPI’s continua regular, pois ainda mantemos os cuidados.

Atualmente observamos uma pequena queda nos valores ,a necessidade de medicamentos também está menor do que no início da pandemia. Mas os cuidados devem permanecer e os estoques de segurança devem continuar.

Não podemos abaixar a guarda, continuaremos garantindo que ninguém fique desassistido, assim como temos feito”, conclui.

Fonte: JPN Apucarana