A confirmação de cerca de cinco mil casos do Vírus Chikungunya em Assunção, capital do Paraguai, segundo a imprensa local, acendeu o alerta de infectologistas e da equipe do Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), em Foz do Iguaçu, no Paraná. A doença viral que é transmitida pela picada de fêmeas infectadas do Aedes aegypti, classificada como arbovirose, costuma ter um aumento considerado nesta época do ano devido ao calor e chuva, combinação ideal para proliferação do mosquito.

Nesta semana, o Hospital Costa Cavalcanti confirmou o primeiro caso da Chikungunya em uma paciente de 46 anos que procurou atendimento na unidade, realizando imediata notificação para a vigilância epidemiológica do município. O que chamou a atenção da equipe foi o fato de ela não relatar viagens recentes. “A paciente diz que não viajou, o que acende um alerta, pois ela foi infectada aqui, sinal que o vírus está circulando pela cidade”, pontuou a médica infectologista do Serviço de Controle de Infecção (SCI) do centro hospitalar, Dra Betânia Bernardo, que continuou: “No entanto, por sermos região de fronteira, estamos preocupados com esse aumento de casos no país vizinho e que pode contaminar muitos moradores de Foz”, explicou.

Os sintomas são semelhantes ao da Dengue e Zika, com febre, artralgia, dor muscular, manchas no corpo e conjuntivite em até 30% dos casos, geralmente mais fortes e duradouros em pacientes com Chikungunya. “Uma característica comum é essa artralgia, uma dor nas articulações, que aparece e dura alguns dias”, falou a médica.

No HMCC, além do alerta para a doença, reforçou-se a oferta dos exames que detectam os três tipos de arboviroses (Dengue, Zika e Chikungunya). No Laboratório Costa Cavalcanti, em parceria com o Centro de Medicina Tropical, os pacientes podem solicitar o exame PCR tríplex de forma particular (via convênio deverá ser apresentado pedido médico e será submetido para análise da operadora). O resultado do exame sai em dois dias úteis após a coleta. O telefone para contato do Laboratório é o (45) 9 8405-2637 ou 3576-8024.

Mas como prevenir?

O assunto pode até parecer batido, mas continua sendo necessário. Não deixar água parada é a melhor forma de evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação de Dengue, Zika e Chikungunya. Por isso, fique atento ao seu quintal, converse com os familiares e vizinhos e evite a contaminação. Em caso de sintomas, o médico deve ser consultado.

Histórico

O caso de Chikungunya da paciente de 46 anos foi o primeiro confirmado no HMCC em 2023. No município, apenas em janeiro deste ano, 906 casos suspeitos de arboviroses foram notificados, sendo que 205 foram de pacientes atendidos no HMCC.

Fonte: Hospital Costa Cavalcanti