O segundo dia de Seminário começou com discussão em torno da análise setorial e perspectivas da saúde. Abrindo as atividades, Luiz Nelson Porto Araújo, economista da Delta Economics & Finance apresentou uma visão global da saúde, além de dados nacionais do setor do ponto de vista macroeconômico e microeconômico.

“A saúde é tema de destaque no Plano Plurianual de 2012 a 2015, com 28% do orçamento voltado para o fortalecimento do Sistema Único de Assistência Social e 13% para o aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde”, destacou o economista. Ele falou também sobre as perspectivas estruturais do setor, como a preocupação com o custo do sistema, o aumento da demanda por genéricos e produtos farmacêuticos, aumento do mercado por programas de prevenção e oportunidade de testes clínicos.

Araújo acredita que no Brasil ainda há grande oportunidade de expansão na saúde. “Nos Estados Unidos há uma pesquisa que diz que 76% das empresas têm alguma conexão com a saúde, seja direta ou indiretamente. No Brasil, não há esse tipo de pesquisa, porém seguramente os indicadores seriam menores, mas com perspectiva de crescimento”, diz.

O Secretário Estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, que também participou da palestra, considera o momento propício para a saúde, mas que isso somente não é garantia. “Fora das redes de atenção há pouca discussão em torno da saúde, como na primária, por exemplo”, declarou. O Secretário, entretanto, está otimista em relação às perspectivas para a saúde no Estado. “A gestão está trabalhando para fortalecer o setor, que no próximo ano terá mais recursos no orçamento, R$ 340 milhões”, afirma.

Para concluir o debate, a Superintendente de Gestão da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, Anna Paula Lacerda Penteado, contribuiu com dados importantes sobre a saúde no Estado, sobretudo na capital. “Existe demanda na atenção primária a saúde, para uma atenção especializada ambulatorial com mais resolutividade e agilidade, atenção com urgência com menor tempo de resposta, atenção hospitalar segura, atenção domiciliar, acesso ágil a exames e medicamentos e incorporação tecnológica”, elenca.

A superintendente destacou ainda uma novidade para o setor em Curitiba, a implantação do Laboratório de Inovações de Tecnologias de Cuidado nas Condições Crônicas, sob consultoria do Dr. Eugênio Vilaça.