Uma reunião em Defesa das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pressionou o governo gaúcho, na última quinta-feira (14), a quitar repasses atrasados e expôs um endividamento que chega a R$ 1,4 bilhão entre as cerca de 250 instituições do tipo no Rio Grande do Sul. Ao fim da atividade, parlamentares e representantes dos hospitais e dos trabalhadores entregaram, na Casa Civil, a chamada “Carta de Socorro” ao secretário Márcio Biolchi. O grupo deu prazo até 1º de maio para que o governo estadual apresente um calendário de pagamento dos valores em atraso desde janeiro, sob pena de o atendimento eletivo ser suspenso.

O presidente da Federação das Santas Casas do Rio Grande do Sul, Francisco Ferrer, e o presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Feessers), Milton Kempfer, reforçaram a Biolchi que não conseguem mais encontrar soluções via Secretaria da Saúde e que o debate está estagnado junto ao titular da Pasta, João Gabbardo.

A mobilização reuniu cerca de 1 mil pessoas no teatro Dante Barone. Os hospitais dizem já ter demitido 6 mil trabalhadores e atrasado os salários de mais 18 mil. Além disso, há 5 mil trabalhadores sem receber férias. Cerca de 3,5 mil leitos foram fechados e mais de 4 milhões de procedimentos deixaram de ser realizados em 2015 (quase 15% do total). De cada dez instituições, seis dizem ter dívidas com o corpo médico.

Além de cobrarem a regularização dos repasses por parte do governo estadual, os hospitais querem a correção da tabela de procedimentos do SUS, congelada desde 2004 pelo governo federal.

Fonte: Federação RS/Rádio Guaíba (RS)