A III Conferência Municipal de Saúde Mental de Curitiba reuniu, nesta terça-feira (15/2), 160 participantes para discutir as políticas de saúde mental da cidade. Participaram do evento representantes de usuários do SUS, trabalhadores, gestores e prestadores de serviços de saúde. O presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim, e a superintendente da Federação, Rosita Márcia Wilner, estiveram no evento. A convite do presidente do Conselho Municipal de Saúde de Curitiba, Adilson Alves Tremura, Ventorim, representando os prestadores de serviços de saúde, compôs a mesa de abertura com as demais autoridades. Na ocasião, ele falou sobre a importância da discussão do tema. A secretária de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, aproveitou a fala do presidente da Femipa e agradeceu aos prestadores de serviço e trabalhadores da saúde por todo o trabalho e dedicação durante a pandemia.

Coordenado pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS) e pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o evento, que também contou com o apoio da Unicesumar, teve como tema “Políticas de saúde mental como direito: pela defesa do cuidado em liberdade, rumo a avanços e garantia dos serviços da atenção psicossocial no SUS”.

Ao abrir oficialmente o evento, o presidente do CMS, Adilson Tremura, falou sobre a importância e o significado desse momento para a história das políticas públicas de saúde.

“Esse é um grande momento de construção do SUS, mas também simboliza uma reaproximação das pessoas em meio ao cenário da pandemia da covid-19, que por mais de dois anos nos privou de grandes encontros como esse. Estou muito feliz em estar aqui”, contou.

Ouvir e escutar

A secretária municipal da Saúde de Curitiba, que também é vice-presidente do Conselho, Márcia Huçulak, lembrou que “ouvir e escutar” são os principais ingredientes na construção de um processo de acolhimento humanizado na área.

“A boa política de saúde mental se faz com respeito, tolerância e empatia. Essa é uma linha de cuidado muito complexa, não existe aparelho que possa fazer um diagnóstico, por isso nessa área é preciso: ouvir e escutar, pois muitas vezes apenas ouvimos, mas é preciso nos colocar no lugar do outro”, disse Márcia ao dar as boas vidas aos participantes.

A conferência anterior aconteceu há quase 12 anos, em 2010, por isso a importância de trazer novamente a temática para discussão.

“Essa conferência tem especial importância. Curitiba pode ser considerada um exemplo na área da saúde mental, mas existem circunstâncias que podem ser aperfeiçoadas, que podem ser melhoradas e, é por isso a importância desse evento”, explanou o promotor de Saúde Pública do Paraná, Marcelo Maggio.

A Conferência irá eleger oito propostas de políticas para a área da saúde mental, que serão envidas para debate na V Conferência Estadual de onde sairão as sugestões para a conferência nacional de saúde mental.

Financiamento

As propostas aprovadas na etapa nacional serão implementas no Sistema Único de Saúde, sejam elas ações de ordem prática ou financeira, como financiamentos.

“É uma política muito bonita, mas precisa de financiamento, nós precisamos aqui discutir, o direito, a qualidade, mas também o financiamento, então desejo a todos que tenham ótimas ideias nesse dia de trabalho”, afirmou o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná, Flaviano Ventorim.

Presenças

Também participaram do evento de abertura  o superintendente do Ministério da Saúde no Paraná, Benedito Garcia; a diretora da Universidade Unicesumar, Cristiane Mello David; o deputado estadual Michelle Caputo Neto; a conselheira estadual e municipal de Saúde, Maria Lúcia Gomes (Malu); e os conselheiros municipais de saúde, José Souza Filho e Woldir Wosiacki Filho.

A Conferência aconteceu na sede Portão da Unicesumar.

Fonte: Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba