Médicos e enfermeiros em todo o Brasil têm alertado sobre a escassez dos chamados equipamentos de proteção individual, os EPIs. Eles são essenciais para que as equipes de saúde não se infectem com o novo coronavírus.

Nas unidades básicas de saúde de Osasco, na Grande São Paulo, profissionais da saúde reclamam que faltam máscaras para atender pacientes com a Covid-19. Eles não querem aparacer. “É fornecida uma máscara pra 28 dias. O ideal seria uma semana, né? Os aventais, eles rasgam. Você puxa, ele rasga. Alguns funcionários reclamaram já e a resposta é: é esse material que tem”, conta um deles, que não quer se identificar.

Na UTI do hospital São Paulo, da Unifesp, a queixa é parecida. Faltam máscaras N95 e aventais impermeáveis: “A situação hoje é bem precária. Nós temos a indicação de utilizar aventais impermeáveis, que é para gente não fazer a contaminação nem a disseminação do vírus. E, muitas vezes, falta esse avental. Nós nos sentimos desprotegidos. Os funcionários têm medo atualmente. De atuar e acabar contraindo alguma coisa e acabar levando para as suas casas”.

Imagens cedidas pela Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos – que representa 1.788 hospitais em todo o país e que, segundo a instituição, responde por cerca de 50% do atendimento do SUS – mostram prateleiras quase vazias, com poucas máscaras e aventais. Em um hospital, já não há toucas nem álcool 70% no estoque. E o suprimento de álcool gel está no fim.

Fonte: Jornal Nacional