A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que hoje, no planeta, há 350 milhões de pessoas com depressão. As mulheres são as mais afetadas: uma a duas mulheres em cada 10 têm depressão pós-parto; esta é a segunda causa de mortes em pessoas de 15 a 29 anos. A OMS considera que é a principal causa de incapacitação do mundo e ocupa o quarto lugar entre as 10 principais causas de doenças.

Só no Brasil, são perto de 11,5 milhões de pessoas com a doença, ou seja, 5,8% da população total. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, em 2013, que 10,2% dos brasileiros com 18 anos ou mais que estavam fora do mercado de trabalho (um em cada 10) sofriam de algum tipo de depressão. Isso de um total de 61,8 milhões de pessoas que não trabalhavam ou nem procuravam emprego.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional de Saúde 2015 – Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho. Em relação ao sexo, tanto no domínio da população de 18 anos ou mais, quanto no da população ocupada desta mesma faixa etária, as mulheres apresentaram percentual de prevalências de depressão com elevado diagnóstico: 10,1%.

O problema é tão sério que, em julho, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, se reuniu com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, para discutir ações voltadas para a prevenção às mortes precoces e à automutilação. O encontro tratou sobre a implementação da Lei 13.819, que cria a notificação compulsória, pelos estabelecimentos de saúde e educação, nos casos de violência autoprovocada. A lei prevê a criação de um sistema nacional de combate às mortes precoces por meio de campanhas de prevenção.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registra pelo menos 11 mil suicídios por ano. Osmar Terra ressaltou a importância de combater a epidemia no Brasil, e apontou que o trabalho em conjunto de diversas áreas, como Cidadania, Educação e Saúde, é fundamental para reduzir os índices no país.

Fonte: Rondonia Agora