Somente neste ano, a estimativa é que 66.500 mulheres sejam diagnosticadas com câncer de mama, segundo dados do Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva). As chances de cura e sucesso do tratamento estão diretamente relacionadas à detecção precoce e mudança de hábitos. Neste mês em que acontece o Outubro Rosa, campanha de conscientização sobre o câncer de mama, a cirurgiã oncológica especialista em Oncologia Mamária do Hospital São Vicente Curitiba, Dra. Priscila Morosini, reforça a importância de manter as consultas e exames de mamografia sempre em dia.

“A mamografia salva vidas! Ela é o único exame que em estudos conseguiu provar a redução de mortalidade por diagnóstico precoce. Todas as mulheres devem realizar sua primeira mamografia aos 40 anos e depois, anualmente”, afirma a especialista. “Estima-se que lesões muito precoces diagnosticadas podem atingir taxas de cura de até 95%. Precisamos fazer o diagnóstico precocemente”, salienta.

Algumas mulheres, como aquelas com história familiar de mutação genética confirmada ou que realizaram radioterapia na região do tórax antes dos 30 anos, devem começar a fazer mamografia antes, mas sempre baseadas em um cálculo de risco individualizado. “O ideal é que a primeira consulta com especialista de mama seja aos 25 anos para todas as mulheres. Esse seria o cenário ideal para ser feito um levantamento completo, tanto da história pessoal quanto a história familiar e o cálculo de risco dessa paciente”, considera Dra. Priscila Morosini.

Ela lembra que o autoexame das mamas não substitui a mamografia, mas deve ser feito, sim, especialmente pelas mulheres mais jovens. “Apalpar as mamas tem um papel muito importante no autoconhecimento. Nós precisamos conhecer o nosso corpo, conhecer as alterações precocemente também”, orienta. Nódulos, alterações ou feridas na pele da mama, no mamilo e aréola, saída de líquido que não seja no período lactacional, principalmente líquidos que saem de um lado só da mama com aspecto de água de rocha ou sanguinolento, aumento de ínguas no pescoço ou na axila sempre devem ser investigados por um especialista.

Não somente o diagnóstico precoce auxilia no tratamento, mas a adoção de bons hábitos: alimentação saudável, manutenção de peso e atividade física regular. Estima-se que 30% dos casos de câncer podem ser evitados dessa maneira. “Além disso, 150 minutos de atividades físicas, moderada a intensa, semanalmente, reduzem em 46% o risco de recidiva, ou seja, do câncer voltar em mulheres já tratadas. A Sociedade Americana de Oncologia estima que a atividade física regular pode reduzir a mortalidade por câncer em aproximadamente 43%”, revela a cirurgiã oncológica.

Do consultório para o dia a dia das pacientes

Pensando em ajudar as mulheres a mudar seus hábitos, Dra. Priscila Morosini lançou em dezembro de 2021 o projeto #porminhasmamas, que acaba de se tornar a ONG Por Minhas Mamas. ‘É um projeto que surgiu da necessidade que eu vi, como mulher comum, de estimular boas escolhas para as mulheres ao meu redor, e a necessidade que eu tenho também de desenvolver melhores hábitos”, explica.

Com a ONG, que tem como parceira e embaixadora a mastologista de São Paulo, Dra. Thamyse Dassie, o intuito é realizar ações educacionais, esportivas e sociais. Em julho de 2022, já ocorreu em Curitiba a primeira edição da Corrida e Caminhada #porminhasmamas, que contou com mais de 400 participantes. “A próxima corrida está estimada para o início de 2023 em São Paulo e, em Curitiba, no final do próximo ano. A nossa ideia é que vire uma corrida do calendário esportivo” aponta Dra. Priscila Morosini.

Outra ação é o lançamento do podcast “Mulheres, suas mamas e suas histórias”, que ocorreu no último dia 7 de outubro. A primeira temporada contará com oito episódios, lançados semanalmente. “A ideia do podcast é se tornar um lugar de fala e de pertencimento para mulheres que já trataram ou estão em tratamento do câncer de mama. Eu ouço das minhas pacientes no consultório que elas se sentem sozinhas, elas normalmente não têm ninguém ao redor delas que está passando por aquilo. Então ter um lugar de fala, de ouvir histórias de outras mulheres vai trazer uma sensação de pertencimento para mulheres do país todo que precisam desse apoio”, analisa Dra. Priscila Morosini.

O podcast pode ser acessado no Spotify (https://spoti.fi/3ejkqEf) e no YouTube (https://bit.ly/3EmahBv). Mais informações sobre a ONG Por Minhas Mamas estão disponíveis no Instagram @porminhasmamas. Quem desejar participar ou ajudar o projeto, pode enviar um e-mail para porminhasmamas@gmail.com.

Sobre o Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF

O Grupo Hospitalar São Vicente-FUNEF, formado pelo Hospital São Vicente Curitiba, fundado em 1939, e pelo Hospital São Vicente CIC, inaugurado em 1973, atende a diversas especialidades, sempre pautado pela qualidade e pelo tratamento humanizado. Referência em transplantes de fígado e rim e nas áreas de Oncologia e Cirurgia, desde 2002 o Grupo é mantido pela Fundação de Estudos das Doenças do Fígado Kotoulas Ribeiro (FUNEF).

O Hospital São Vicente Curitiba é um hospital geral de alta complexidade. Em uma estrutura moderna, conta com pronto-atendimento, centros médico, cirúrgico e de exames, UTI, unidades de internação e centro de especialidades. Possui o selo de certificação intermediária de transplantes hepático e renal da Central Estadual de Transplantes do Paraná e seu programa de Residência Médica é credenciado pelo Ministério da Educação (MEC) nas especialidades de Cirurgia Geral, Cirurgia Digestiva, Cancerologia Cirúrgica e Radiologia.

A instituição integra ainda a lista de estabelecimentos de saúde que atendem ao padrão de qualidade exigido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, órgão regulador vinculado ao Ministério da Saúde. Mais informações no site www.saovicentecuritiba.com.br.

Fonte: Hospital São Vicente