A segunda mesa do XIII Congresso Nacional das Operadoras Filantrópicas de Planos de Saúde debateu a inovação tecnológica na Saúde Suplementar, com os diretores executivos da Anahp, Dra. Martha Oliveira; e da FenaSaúde, José Cechin.

Martha Oliveira ressaltou que é preciso avaliar todos os tipos de tecnologia que surgem, a fim de saber como usá-las, para quem ela se destina e de que modo ela pode ser utilizada. Dessa forma, de acordo com ela, chega-se a um resultado positivo.

Para tanto é preciso levar em consideração o perfil demográfico da população e adequar o financiamento para atender essa demanda. A partir disso, é possível recorrer à inovação tecnológica para melhorar o acesso, mudando os processos.

O diretor executivo da FenaSaúde, José Cechin, apresentou os dados do setor suplementar, apontando que a incorporação da tecnologia produz custos, uma vez que o rito de inovação é tão rápido que causa uma tensão econômica.

Ele mostrou a situação atual da Saúde Suplementar, desde o crescimento das mensalidades, que traz uma insatisfação generalizada, levando à judicialização. Cechin ressaltou que há percepções equivocadas em relação ao aumento das mensalidades, sendo considerados “abusivos”, mas que refletem as dificuldades do mercado, incluindo a inflação de saúde, o impacto do rol de procedimentos com novas tecnologias a cada dois anos e a gestão das operadoras.

Nesse sentido, a gestão precisa ter mais do que controle de preços, mas tem buscar a eficiência administrativa, buscando melhorar o relacionamento com a rede de prestadores, buscando a redução do desperdício, quer por exames desnecessários, quer por fraudes, e adequando a forma de aquisição de materiais e medicamentos. “Em dez anos, as despesas com a conta hospitalar tem sido o maior impacto nos custos. Com base no IPCA, houve um crescimento de 135% no custo médio de internação”, informou.

Ele reforçou que, para manter a sustentabilidade é preciso atuar em todas as áreas que causam aumento de despesa, incluindo a incorporação tecnológica, uma vez que ela é uma questão de escolha entre o desejo de ter acesso imediato às inovações e as possibilidades econômicas da sociedade.

Case de sucesso
Em seguida, o diretor de Provimento de Saúde da Unimed Porto Alegre, Dr. Salvador Gullo Neto, apresentou o case de sucesso de Filantropia, destacando o processo realizado pela Unimed, em parceria com o hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, para adotar o DRG para aplicação na governança clínica. De acordo com ele, para alcançar o resultado positivo, foi preciso reunir operadora e médicos para debater e tomarem decisões juntos, para mudar o modelo assistencial, a partir do modelo de remuneração.

As apresentações do XIII Congresso da Rede estarão disponíveis no site www.cmb.org.br/redesaude a partir do dia 01 de agosto.

Fonte: CMB/RSF