Os pilares de um modelo de gestão eficiente são os mesmos, seja em momentos de crise ou de crescimento econômico. Eles devem contemplar uma combinação simples e eficiente de três elementos centrado nas pessoas: metas, método e mérito. ‘A grande diferença está nas escolhas e prioridades’, ressalta Bruno Maciel, diretor da PwC Brasil, que dividirá a mesa sobre ‘Gestão hospitalar: ferramentas e estratégias em busca do incremento financeiro’ com a professora da FGV, Ana Maria Malik, no 27º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, no dia 15 de agosto.

Maciel afirma que não há fórmula mágica e nem necessidade de reinvenção de práticas e modelos que já se mostraram eficientes em diversos setores. Por serem instituições complexas, os hospitais dependem da boa gestão dos processos e de seus recursos, principalmente os humanos, conforme destaca o diretor, para alcance dos resultados esperados pelos pacientes, funcionários, acionistas e comunidade.

Nesse sentido, as metas têm a função de orientação e definição das prioridades; o método mostra como facilitar o caminho para alcance dos resultados e melhoria dos processos; e o reconhecimento do mérito individual e da equipe é combustível para manter a espiral positiva e reforçar a mensagem de que o esforço vale a pena. Segundo o diretor, é preciso que líderes e equipes mantenham o foco na redução de desperdícios, de forma a estar pronto para ‘voltar a crescer rápido’, reforçando que ‘a aplicação prática e disciplinada do modelo de gestão é a melhor forma de capacitar a equipe e prepará-la para enfrentar os desafios’.

Já a qualidade dos serviços é uma das dimensões de resultado que deve ser mantida como prioridade das instituições hospitalares. ‘Gastar menos é fácil, o difícil é gastar melhor’, afirma. O diretor diz que, em momentos de crise, é preciso cuidado para não ‘exagerar’ na redução dos custos. ‘Uma boa gestão se preocupa em classificar os gastos em grupos distintos, separando aqueles associados às capacitações críticas, que garantem a qualidade e diferenciação, dos relacionados à operação e estrutura comum’, afirma.

Ainda assim, a satisfação do paciente não pode ser negligenciada. Maciel destaca que é preciso combinar o uso consciente de recursos com a experiência do paciente. ‘O paciente deve perceber uma melhoria na experiência e o objetivo de cada ação. A transparência na condução das ações e nas orientações é fundamental para o sucesso nessa jornada’.

Em relação aos hospitais filantrópicos, que dependem do Sistema Público de Saúde, para o equilíbrio financeiro é preciso aumentar o giro de leito e melhorar a utilização de toda a estrutura do hospital. A utilização de métricas para analisar a permanência adequada em cada enfermidade, a exemplo do DRG, e de ferramentas para monitorar o processo de faturamento são iniciativas que permitem aos gestores avaliar a eficiência e promover melhorias, aponta Maciel.

O diretor destaca, ainda, a importância de um bom sistema de gestão hospitalar, integrado, com módulos de apoio à gestão assistencial, financeiros (faturamento e custos) e de governança, cujos dados gerados possibilitem reduzir a complexidade da atividade hospitalar e municiar os gestores para a tomada de decisão. ‘Mas não bastam ferramentas, é fundamental ter bons gestores que promovam a capacitação e liderem as pessoas para o alcance dos resultados’, salienta.

Acompanhe as notícias e confira a programação atualizada do evento: www.cmb.org.br/congresso. Novas inscrições ainda poderão ser feitas na secretaria do 27º Congresso, a partir do dia 15 de agosto. Não perca!

Fonte: CMB