beto_baixa 2Dando continuidade às reuniões com os representantes dos candidatos ao governo do Estado, a Femipa recebeu Carlos Homero Giacomini, coordenador do plano de governo de Beto Richa.

Depois de receber o documento com as propostas do setor, Giacomini lembrou que, hoje, as pesquisas e avaliações colocaram o Paraná como o terceiro Estado mais bem organizado sob vários pontos de vista. Com relação ao SUS, na avaliação do Ministério da Saúde, o Paraná está em segundo lugar. “É bom discutirmos os problemas a partir de uma constatação de que temos um histórico de um trabalho bem realizado”, avaliou.

O coordenador ressaltou, também, que o plano de metas 2015-2018 do candidato Beto Richa está disponível no site de campanha. Esse plano, segundo ele, mostra que houve um crescimento de quase dois bilhões com relação à despesa global de saúde deste governo. “É claro que isso não significa tudo, porque não é só o dinheiro que resolve as coisas, mas se o governo federal tivesse feito o mesmo, nós teríamos tido mais dois bilhões. Este plano traz uma análise do que já foi feito até agora e o que está planejado”, revela.

Em seu discurso, Giacomini explicou que o grupo de saúde do qual participa acredita que o Estado não deve e não pode “sair por aí construindo hospitais”. É preciso, segundo ele, um esforço compartilhado com os filantrópicos e beneficentes. “Às vezes é preciso complementar a rede, mas antes temos que fazer a lição de casa no sentido de organizar o sistema e investir corretamente, apoiar o município para que ele organize o básico. Para isso, precisamos fundamentalmente contar com o apoio dos filantrópicos”, comenta.beto_baixa 3

Na oportunidade, o coordenador do plano de governo leu aos presentes a carta enviada pelo secretário de Estado da Saúde em exercício, René José Moreira dos Santos, sobre o movimento do dia 25 de setembro, em que os hospitais filantrópicos fizeram uma manifestação pelo subfinanciamento do setor. A carta pode ser lida na íntegra nesse link.

“A secretaria de Estado de Saúde compartilha da ideia de que o modelo vigente de financiamento simplesmente via tabelas não é o melhor caminho e tem que ser corrigido, mas o governo federal precisa fazer a parte dele. A melhor vocação do Estado é a alocação de recursos numa lógica complementar contratual, e não uma coisa da velha fatura por contribuição. Na carta, o secretário diz que ‘se o Governo Federal aplicasse o percentual que lhe cabe, o SUS teria um acréscimo de R$ 43,3 bilhões/ano no orçamento federal de 2014 e ao Paraná caberia R$ 2,3bilhões/ano a mais’. Isso resolveria efetivamente pelo menos o problema do subfinanciamento”, explica.

De acordo com Giacomini, as questões apresentadas no documento da Femipa podem ser discutidas, como a questão da linha de crédito via Fomento Paraná. Ele lembra que a Fomento ainda não está ligada aos hospitais, mas, para ele, falta só montar a equação. “Nos últimos quatro anos a Fomento bateu o recorde de dinheiro emprestado para investimento. Dentro desse contexto, vou trabalhar para que esse documento seja recolhido e seja discutido. No segundo turno, ou no inicio do próximo governo, podemos voltar a conversar”, garante.

Outro item do documento ressaltado pelo coordenador é a questão da redução da alíquota de ICMS. Ele diz que é preciso entender que, às vezes, o governo faz o esforço por um lado e pode compensar por outro sem a tradicional redução da alíquota, mas montando uma equação que faça chegar ao setor o recurso necessário para que ele possa atuar de maneira adequada. “Na área de energia elétrica, queremos criar imediatamente para o início do próximo mandato uma espécie de secretaria de energia, sem nenhum funcionário, somente com a prerrogativa de ser um órgão coordenador do setor no sentido de projetos criativos envolvendo, inclusive, telecomunicações, o que pode interessar os hospitais, na linha da Telemedicina”, revela.

Para concluir, Giacomini reafirmou que o governo tem a intenção de avançar nas questões de saúde e, agora, depende de dinheiro novo. A discussão, reforça ele, está aberta, e os programas que começaram bem no passado serão reavaliados e incrementados. “Se tivermos dinheiro novo, e precisamos ter, teremos que lidar com isso de um jeito melhor do que foi feito até agora”, completa.

Propostas apresentadas pelo coordenador

– Há o compromisso de, na próxima gestão, continuar com o programa de construção e recuperação, chegando a 600 unidades de saúde da família no estado.

– A escola de saúde pública está reposicionada e pode, agora, certificar. Eles darão início às residências na saúde de família. “Esse é outro reforço na política de formação adequada do pessoal”, diz.

– Existe o compromisso com a rede Paraná Urgência e a ampliação de leitos em hospitais regionais. A proposta é de ampliar o número de leitos hospitalares nas regiões de Ivaiporã, Telêmaco, Guarapuava, Cascavel, Londrina, Toledo, Umuarama, entre outros.

– O governo também vai tratar dos centros de especialidades, dentro do conceito de centros integrados, com a realização dos exames no local. “Temos o esforço de implantação de 11 deles, que já estão em processo de construção, e nosso compromisso nesse sentido seria cobrir as 22 regiões do estado com centros de especialidades. Isso quer dizer que o governo fará um esforço mais amplo para envolver a assistência básica e assistência especializada ambulatorial”.

 

Fonte: Assessoria de Comunicação Femipa