O mutirão de cirurgias eletivas iniciado em outubro no Paraná conseguiu realizar 8 mil procedimentos nos municípios de gestão estadual e em cidades com menos de 50 mil habitantes que assumiram a gestão municipal. Em três meses, foram investidos R$ 4,8 milhões no programa. O resultado reflete as medidas tomadas pela Secretaria de Estado da Saúde para reduzir a demanda reprimida por cirurgias no Estado. Entre elas, a quitação da dívida com os prestadores pendente desde 2010, que permitiu iniciar um novo mutirão.

O número de cirurgias realizadas num período de três meses este ano é expressivo se comparado com o de 2010, quando foram realizadas 15 mil cirurgias durante todo o ano, com investimento de R$ 8 milhões. O secretário de Estado da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que o mutirão prossegue até dezembro de 2012.

“A demanda reprimida do Paraná chegava a 48 mil cirurgias. Por isso nos empenhamos para iniciar o processo ainda este ano e até dezembro de 2012 pretendemos realizar mais 40 mil procedimentos”, disse o secretário.

Antes de iniciar o mutirão deste ano, o Paraná conseguiu pagar, em agosto, R$ 1,4 milhão aos prestadores que fizeram as cirurgias eletivas em 2010. “A quitação dessa dívida foi essencial para resgatar a credibilidade do Estado junto aos prestadores e viabilizar o novo mutirão”, afirmou Caputo Neto.

Além de pagar a dívida, a secretaria mudou a forma de organização da fila. Até o ano passado, a pasta apenas repassava aos prestadores os recursos recebidos do Ministério da Saúde. Um acordo feito na Comissão Intergestores Bipartite – fórum de pactuação entre os gestores estadual e municipal do SUS – permitiu que o Estado, por meio das regionais de Saúde, passasse a cuidar da organização da fila de pacientes que esperam por cirurgias eletivas, gerando relatórios trimestrais sobre o andamento do mutirão.

“Respeitamos a fila de espera e garantimos aos usuários do SUS atendimento ágil, considerando que neste processo houve aumento significativo na oferta de procedimentos cirúrgicos de média complexidade”, disse o superintendente de Gestão de Sistemas de Saúde da secretaria, Paulo Almeida.

O rol de procedimentos foi ampliado de acordo com as prioridades de cada região.

O mutirão contempla procedimentos cirúrgicos de média complexidade, como cirurgias de varizes, hérnia, adenóide, catarata e cirurgias ortopédicas de joelho e quadril, entre outros procedimentos previstos na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS).

Os usuários que precisarem de cirurgia eletiva devem procurar a unidade de saúde mais próxima para serem encaminhados aos serviços de referência.
Os municípios de Araucária, Curitiba, São José dos Pinhais, Pato Branco, Francisco Beltrão, Foz do Iguaçu, Campo Mourão, Umuarama, Cianorte, Maringá, Apucarana e Londrina estão gerenciando a própria estratégia de ampliação da oferta de cirurgias eletivas.

Fonte: Sesa