Em um mês, o Paraná saltou de 307 pessoas à espera por um leito exclusivo Covid-19 para 1.206, ou seja, a fila aumentou quase quatro vezes em 30 dias. Em 27 de abril, eram 144 pacientes que aguardavam uma vaga em UTI e 163 em enfermaria. Nesta quinta-feira (27) a fila tem 650 pessoas que precisam de UTI e 556 de enfermaria. Os dados constam no monitoramento feito pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA).

A maioria dos pacientes (52%) espera até quatro horas por um leito. Mas há casos de quem ficou mais de 48 horas sem conseguir uma vaga.

Em Curitiba, seis hospitais que atendem o Sistema Único de Saúde já estão em 100% da capacidade, os outros ultrapassam os 90%. O presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Paraná (Femipa), Flaviano Ventorim, cita que na rede privada a situação é a mesma.

Em 25 de janeiro, quando o Paraná iniciou a vacinação contra a Covid-19, os óbitos de pessoas com mais de 60 anos representavam 77% do total. Nos últimos 30 dias, esse índice caiu para 58,7%. A mudança no perfil etário das vítimas reflete também nos hospitais, segundo Ventorim.

Ao ser questionado pela reportagem da CBN Curitiba se corremos o risco de ficar sem leitos, o presidente da Femipa foi enfático.

O presidente da Femipa reforçou que cada um precisa fazer a sua parte nessa crise sanitária.

Fonte: Francielly Azevedo - CBN Curitiba