Foi lançado hoje, 14 de fevereiro, o site Saúde Debate, que nasce com a pretensão de ser fonte de informação especializada e de qualidade para a imprensa e a sociedade como um todo. Formada por um grupo de profissionais de comunicação e de Saúde, a página é independente, mas tem o apoio de diversas instituições, que participaram do evento de lançamento. Rosita Márcia Wilner, superintendente da Femipa, uma das entidades apoiadoras, participou do encontro, e destacou que a informação de qualidade é fundamental. Por isso, a Federação se sente privilegiada por poder fazer parte de um projeto como esse.

Para Quitéria Neves, jornalista especializada em Saúde e uma das idealizadoras do site, a área é bastante complexa, por conta dos diversos temas que envolve. Além disso, falta informação aprofundada. Na opinião dela, é muito importante ter um canal para abordar assistência, gestão, epidemiologia, tecnologia, inovação, entre outros assuntos, e atingir, ao mesmo tempo, comunidade, estudiosos e especialistas.

“O jornalista tem a função de entender o assunto e repassar o conhecimento com clareza para que todos possam compreender. Nesse cenário onde o profissional que está nas redações não consegue se aprofundar numa área específica, nossa proposta é ser uma base de apoio para que ele tenha acesso a um conteúdo sério, discutido com profissionais da área e que poderá servir de base para que esse profissional escreva com propriedade sobre Saúde. Também vamos fazer a ponte entre o conhecimento técnico e aprofundado e as pessoas, para que se apropriem deste conhecimento e possam viver melhor”, garante.

Marlus Volney de Morais, articulista responsável médico e também um dos idealizadores do Saúde Debate, avalia que uma das coisas que mais afeta a Saúde, hoje, é a desinformação, a informação ruim, e isso causa danos. “Por isso, nosso papel enquanto uma proposta de levar informação de qualidade é justamente evitar que as pessoas sejam atingidas por uma falta de informação adequada ou que elas recebam informação que possa causar dano. Que possamos construir esse caminho de uma forma sólida, bem feita, e que efetivamente a informação chegue onde precisa chegar”, reforça.

O evento de lançamento trouxe também a palestra de André Pereira Neto, da Fundação Oswaldo Cruz, que abordou o tema “Qualidade da informação de saúde na internet: como o jornalista pode (re)agir”. Para ele, “informação é o melhor remédio, e informação, hoje, se obtém, sobretudo, na internet”. Neto destacou, ainda, que o mundo vive na era pós massiva, em que a informação é infinita, ou seja, pode-se escolher o que se quer ver, e isso representa uma mudança de paradigma no modelo de comunicação.

“A internet é avassaladora, domina. Todos podem compartilhar informação com todos. É importante lembrar que tecnologia e informação podem salvar vidas, mas tudo isso tem várias consequências e pode trazer problemas. Hoje, o principal meio de busca de informações sobre saúde é a internet, o famoso ‘Dr. Google’, e a consequência disso é o paciente informado. Antes, a relação médico-paciente era assimétrica – o médico com poder de decisão e o paciente submetendo-se ao que o médico define. Agora, com a internet, há um equilíbrio na relação, e o paciente está cada vez mais informado. Existe, ainda, um movimento internacional para formação do paciente informado, já que o sistema de saúde viu que o empoderamento do paciente é interessante. Diante de todo esse cenário, o jornalista precisa agir”, afirma.

Representantes

A solenidade de abertura também deu espaço às instituições apoiadoras.

João Carlos Baracho, representando a Associação Médica do Paraná (AMP), ressaltou que a informação de qualidade serve para levar conhecimento à população e “traz valores, faz as pessoas pensarem, dá a esperança de um mundo melhor”. “Que possamos fazer atividades integradas. Estamos vivendo um bom momento de trabalho conjunto entre as classes, unindo esforços para que possamos ter uma assistência digna à população, saúde cada vez mais de qualidade e formação continuada dos profissionais envolvidos, para que tenhamos cada vez mais excelência”.

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Roberto Yosida, disse que, hoje, apesar de as pessoas terem muita informação, qualidade e confiabilidade são coisas raras, e as discussões são rasas. Por isso, a iniciativa do site é muito importante, porque é uma forma de condensar os conteúdos e ser uma fonte confiável.

Vera Rita da Maia, conselheira e diretora do Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR), avaliou que a população carece de notícias de qualidade, e é preciso que “a informação se transforme em saúde”.

Núbia Tavares, representante da Unidas, afirmou que a semente que está sendo plantada com o site no Paraná precisa se espalhar pelo Brasil, e o grande desafio é fazer a informação de qualidade chegar ao público em geral.

Izadorah Palhares, que representou a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), parabenizou o grupo pela iniciativa, e disse que as informações de qualidade compiladas num único lugar certamente vão ajudar as pessoas.

Valdireni Alves, assessora de Comunicação da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa-PR), afirmou que o site será um espaço democrático muito importante para a população, já que falar de Saúde é falar de qualidade de vida, de prevenção, do dia a dia. “Nosso desafio está em servir de ponte entre a imprensa e a comunidade, para que a comunicação chegue de forma clara e objetiva. Para muitas doenças não existe remédio, mas existe informação”.

Tania Pires, superintendente de Gestão em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, destacou que é fundamental que a comunicação chegue de forma qualificada à população e, para isso, o profissional de comunicação é essencial. “Precisamos da comunicação para traduzir às pessoas que vão receber o serviço nossas ações enquanto profissionais da Saúde”.

Rached Hajar Traya, diretor-presidente da Unimed Curitiba, salientou que há muito conteúdo que precisa ser trabalhado, e que é preciso comunicar. Ele destacou, ainda, que a iniciativa do site deve ser baseada no tripé conteúdo, capilaridade da informação e tradução deste conteúdo para que todos possam compreender.

Por fim, Paulo Roberto Fernandes de Faria, presidente da Unimed Paraná, destacou que o público geral precisa de uma comunicação séria, robusta e com veracidade, e a proposta do Saúde Debate é marcante, por trazer matérias de saúde de forma ética. “Vai servir de pesquisa para os gestores. Temos que ter como norte a possibilidade de melhorar a vida das pessoas, e a partir de uma comunicação séria e de qualidade, estaremos neste caminho”, concluiu.

Acesse o site ww.saudedebate.com.br.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa