Começou hoje o 27º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB). Na abertura do evento, os participantes foram recepcionados com um café da manhã no Hotel Nacional, em Brasília (DF), que contou também com a presença de deputados federais e senadores. Dirigentes de diversos hospitais paranaenses afiliados à Femipa estiveram presentes, além de quatro deputados: Diego Garcia, Leandre, Rubens Bueno e Osmar Serraglio. NA avaliação do presidente da Femipa, Flaviano Feu Ventorim, o café da manhã foi importante para mostrar a integração dos hospitais filantrópicos e santas casas do Paraná às autoridades presentes e aos parlamentares.

“Tivemos a presença de quatro deputados paranaenses, o que foi muito importante, porque pudemos passar a eles algumas demandas do setor. A ideia é realmente reforçarmos a importância da Federação e das instituições de Saúde filantrópicas junto aos parlamentares para que possamos criar uma agenda positiva e mostrar a realidade da Saúde no país, em especial no Paraná, de forma que consigamos avançar nos pleitos das instituições”, destacou.

Na avaliação do deputado Diego Garcia, as santas casas e hospitais filantrópicos são essenciais para a saúde pública e fazem grande diferença na vida das pessoas. Segundo ele, em algumas regiões menores do Estado, se uma instituição de Saúde filantrópica fechar, a população ficará desassistida e sem acesso à saúde e a um atendimento de qualidade. O deputado lembra, ainda, que nos grandes centros, essas entidades foram pioneiras e ajudaram no desenvolvimento local. Por tudo isso é que ele reforça que os parlamentares devem olhar com atenção para os hospitais sem fins lucrativos, principalmente a nível federal.

“Conversei com alguns dirigentes de santas casas do Paraná durante o café da manhã e todos disseram que a partir do momento que começaram a receber emendas parlamentares, o dia a dia melhorou. Como deputado federal, tenho buscado ajudar hospitais em todas as regiões do estado, por entender a importância dessas instituições para a população. Hoje moro em Londrina, mas cresci em Andirá, onde existe um hospital filantrópico que é referencia. Procuro ter esse olhar de valorização, porque, para a minha vida, esse hospital sempre foi essencial. E para milhares de paranaenses e brasileiros, elas são essenciais também”, garante.

Para a deputada Leandre Dal Ponte, os hospitais filantrópicos e santas casas precisam buscar parcerias e mostrar a diferença que fazem na vida das pessoas. De acordo com Leandre, essas instituições são muito eficientes e sempre conseguem fazer mais com menos.

“Eu sempre procurei defender as instituições de saúde filantrópicas, porque acredito na importância delas. Mas é preciso também buscar o apoio daqueles que ainda não enxergaram isso ainda, mostrando como seria a saúde sem os hospitais filantrópicos. Os números são assustadores. Aqui no café da manhã vi diversos deputados que não apoiavam a causa, e isso mostra que o trabalho que a Confederação e as Federações estaduais vêm fazendo tem trazido bons frutos. Tudo se resolve dentro do parlamento, então quanto mais os deputados estiverem conscientes da importância do trabalho dos hospitais filantrópicos, mais a saúde poderá avançar. Um evento como esse é fantástico, porque ajuda a consolidar esse caminho. Eu espero que daqui saiam propostas que possam nos ajudar a encontrar uma saída para a Saúde pública e oportunidades para trabalharmos juntos”, afirmou.

PL 7606

Durante o Café da Manhã, um dos assuntos comentados foi o Projeto de Lei 7606, que cria o Programa de Financiamento Preferencial às Instituições Filantrópicas e Sem Fins Lucrativos (Pró-Santas Casas) para atender santas casas e hospitais sem fins lucrativos que participam de forma complementar do SUS.

Para a deputada Leandre, a proposta é uma forma de dar sobrevida às instituições filantrópicas e “não vai resolver o problema, mas pode ajudar os hospitais a se manterem abertos”. Segundo ela, o PL ainda não entrou na pauta e os deputados não sabem quando votarão o projeto, porque a avaliação é que a proposta trará um impacto financeiro ao país.

“Sabemos que terá impacto financeiro, mas não estaremos dando dinheiro, estaremos apenas abrindo uma linha de crédito. Precisamos fazer alguma coisa, pois acredito que o país vai sofrer muito mais se tivermos um fechamento em massa dos hospitais filantrópicos. Cito como exemplo o caso do Rio de Janeiro: não é muito melhor ajudar os hospitais enquanto eles ainda têm condição de trabalhar, do que ter que fazer uma intervenção como foi feito no Rio de Janeiro? Sempre que é preciso usar um recurso emergencial, ele acaba subutilizado, porque quando se está num estado de emergência, é difícil classificar o que é mais importante ou menos importante, porque o caos está instalado. Por isso, acredito que mesmo que exista um impacto financeiro para aprovação deste projeto hoje, o financiamento para as santas casas tem que ser uma prioridade, porque o recurso será utilizado de forma muito”, declara.

Na opinião do deputado Diego Garcia, o projeto trata justamente da valorização dos hospitais sem fins lucrativos e serve como um estímulo, o que vai facilitar a aquisição de equipamentos para melhorar a estrutura da instituição e, ao mesmo tempo, vai desafogar as entidades que estão enfrentando problemas financeiros.

“Certamente o projeto vai dar fôlego para que as instituições não fechem as portas, como infelizmente tem acontecido em varias regiões do nosso país. Temos que lutar para que isso não aconteça e para que as santas casas e hospitais filantrópicos consigam virar essa pagina diante da crise que estão vivendo. Que possam sobreviver, oferecendo atendimento de qualidade à população. A Confederação e as Federações têm papel fundamental nessa luta. A Femipa, por exemplo, dá suporte às entidades, orienta, busca caminhos, dá condições para que essas instituições, mesmo com todas as dificuldades, consigam pleitear recursos. É um trabalho fundamental. Queremos organizar um café com todas as instituições de Saúde filantrópicas do Paraná para conhecer o trabalho da Femipa. Através da união, podemos conseguir mais recursos, mais investimentos e, assim, melhorar o serviço de Saúde  do Paraná”, completa.

Fonte: Assessoria de imprensa Femipa