O sindicato representativo das empresas de saúde aguarda posição da classe laboral, após nova rodada de negociações realizada na manhã de quarta-feira (15) e com a apresentação de proposta para celebração da convenção coletiva de trabalho de 2012/2013. A classe patronal ofereceu reajustes proporcionais às faixas salariais de hospitais e clínicas que chegam a 16,91%, ficando em 6,62% para a remuneração mais elevada. Assim, os salários-base das diferentes classes variariam de R$ 650 a R$ 1.450. Ainda foram propostos auxílio creche de R$ 66, vale alimentação de R$ 160 a 180 e elevação para R$ 630 da base de cálculo de insalubridade.

O Seesfir (Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde de Foz do Iguaçu e Região) não tinha se manifestado até a tarde desta quinta-feira (16). Representante do Sindipar ‑ sindicato patronal ‑, o assessor jurídico Bruno Milano Centa disse que há o reconhecimento pela valorização dos profissionais de saúde de Foz, mas que os patamares oferecidos estão no limite da capacidade das empresas. De acordo com o advogado, os indicadores salariais propostos para Foz são, hoje, equivalentes aos praticados em Curitiba e demais grandes centros do Estado. Os trabalhadores na saúde da região formam um contingente de aproximadamente 3,5 mil.

Um dos entreves na negociação residia no fato de o sindicato obreiro reivindicar o valor da base de cálculo da insalubridade, de R$ 575,00, como critério absoluto para pagamento do benefício, o que levou a classe patronal a recorrer e a obter da Justiça o restabelecimento de cláusula constante da Convenção Coletiva de Trabalho, vigente até 31 de janeiro. Para nova proposta, a base foi elevada em quase 10%, mas para efeito de cálculo e não como incorporação salarial.

Fonte: Sindipar/Jurídico