Como qualquer empresa que oferece serviços, a assistência médica precisa gerar lucros para garantir a continuidade das operações e sua viabilidade econômica. Para tal, é importante uma gestão com foco na redução de gastos. Esse controle é premissa básica para manutenção das atividades e fornecimento dos serviços com a qualidade necessária ao setor.

Para controlar custos é preciso estar por dentro dos fatores que impactam tanto a economia quanto a rotina das pessoas e, principalmente, conhecer o cotidiano e as áreas de apoio da instituição. Afinal, há uma série de equipes, serviços e produtos envolvidos e interligados.

É importante criar pontos de controle das principais despesas e custos (folha de pagamento, honorários médicos, materiais e medicamentos, impostos e despesas gerais que vão desde gastos com água à energia elétrica) para identificar se há grandes oscilações em cada grupo ou em um setor específico. Ao detectar uma variação, deve-se cruzar informações e avalizar se a curva está de acordo com o aumento da demanda.

Os pontos de controle devem ser baseados em indicadores como: aumento de demanda, variação de folha de pagamento e volume de material e medicamento. O cruzamento de despesas e custos com indicadores como: aumento de custo de materiais e medicamentos frente ao indicador de paciente dia, é fundamental para uma gestão estratégica de custos.

Em resumo, o gerenciamento e a análise das informações de forma profissional é condição primordial para manter a vitalidade do negócio. O uso da inteligência de dados na saúde – com o auxílio de softwares de visualizações e a análise dos materiais disponíveis por uma equipe de analistas familiarizados com essas ferramentas e com a operação – vai permitir ao gestor ter pleno controle do que acontece em todos os setores, inclusive das questões financeiras.

Para o Diretor de Operações do Hospital Santa Lúcia, Raul Sturari, é fundamental a utilização de ferramentas de controle que monitorem e alertem para o aumento de gastos em descompasso com a geração de receita. “Aumento das despesas sem a contrapartida proporcional de receita é o caminho para a bancarrota. Muitas vezes o gestor demora a enxergar o problema e só percebe quando o rombo já está enorme”, afirma o gestor.

Fonte: LinkedIn – Raul Sturari Jr., MD