Inteligência artificial tem o potencial de melhorar serviços e trazer benefícios tanto para os processos da organização quanto o atendimento aos usuários. No setor da saúde, as soluções tecnológicas melhoram os processos internos e o tratamento de pacientes nas organizações de saúde. Estima-se que, até 2025, o uso de inteligência artificial no setor da saúde movimente mais de 34 bilhões de dólares e 90% dos hospitais dos EUA usarão inteligência artificial para salvar vidas e melhorar sua qualidade de atendimento. 

Em Curitiba, a startup Human Robotics, acelerada pela Hotmilk – Ecossistema de Inovação da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), criou robôs físicos de atendimento e interação presencial para aplicar inteligência artificial na melhoria dos serviços hospitalares. Foram três meses de aceleração e, atualmente, seu escritório está instalado dentro do Tecnoparque da PUCPR. 

A aplicação desta tecnologia deverá trazer além de benefícios sociais, ganhos de eficiência em processos assistenciais para os hospitais e outras organizações de saúde. “Estima-se que até 2021 cerca de 20% das organizações de saúde terão alcançado até 20% de ganhos de produtividade por meio da adoção da tecnologia artificial”, afirma o diretor do Hotmilk, Fernando Bittencourt. 

Os robôs da Human Robotics são capazes de interagir em português, detectar pessoas e se movimentar de forma autônoma. Por trás, existe uma plataforma de software que permite configurar de forma simples o que o robô vai falar, perguntar e mostrar. “Por ter movimento da cabeça, expressões e falar em português, o nosso robô traz uma experiência de autoatendimento humanizado muito superior a um totem estático”, explica Olivier Smadja, fundador da Human Robotics

No Hospital Universitário Cajuru (HUC) o robô vai atuar como um meio para familiares conversarem com os pacientes, impossibilitado pela quarentenaA medida é importante para estabelecer o vínculo emocional dos pacientes da UTI com os familiares

“Na UTI o paciente não tem acesso à internet nem celular, e com isolamento social, todas as visitas estão suspensas, explica o diretor geral do HUC, Juliano Gasparetto. Buscamos oferecer uma experiência significativa para os pacientes e o robô humaniza o processo hospitalar, unindo assistência aos valores Maristas, sempre com o olhar para o ser humano, conclui Gasparetto. 

Tecnologia x COVID-19    

Com a crise do COVID-19, a empresa está adaptando a tecnologia para fazer triagem autônoma e telepresença, possibilitando atender os pacientes em quarentena sem risco de contaminação dos trabalhadores do hospital. Os robôs de serviço hospitalar são capazes de receber os pacientes e fazer a triagem de forma autônoma, sem exposição dos colaboradores do hospital, o que diminui o risco de contaminação. Em seguida, coletam os dados dos pacientes, orientam os pacientes em função do seu estado e em breve poderão medir a temperatura do paciente.

“Nos processos de teleatendimento, o uso dos robôs diminui a exposição dos médicos e enfermeiros a contaminações, ao mesmo tempo em que traz a humanização da medicina facilitando a comunicação por voz e vídeo entre pacientes (em quarentena ou não) e familiares. Além disso, proporciona o acesso remoto para acompanhamento de cirurgias e casos sem risco de contaminação”, pondera Smadja.

Além de automatizar os processos, os robôs são capazes de prestar serviços de informação e comunicação, além de gerar relatórios específicos para análises pela gestão do hospital. “Por meio da navegação autônoma, os robôs podem levar remédios, comida e objetos de forma automática ou guiada pelo robô, bem como guiar pacientes para ir até um determinado local dentro das instalações hospitalares”, finaliza.

*segundo dados da empresa global de inteligência de mercado IDC. 

Fonte: Hospital Cajuru