No último fim de semana, o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) promoveu um mutirão de atendimentos gratuitos para identificar novos casos de câncer de pele. A iniciativa fez parte da campanha Não espere até sentir na pele, lançada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Com abrangência nacional, a campanha contará com 100 postos cadastrados e espalhados pelo Brasil, nos quais os pacientes contaram com o atendimento de especialistas da SBD e receberam informações sobre prevenção ao câncer da pele. Casos de lesões suspeitas foram encaminhados para tratamento.

Dezembro Laranja

A edição 2022 da campanha anual de prevenção ao câncer de pele, chamada Dezembro Laranja, coloca no centro dos debates os trabalhadores urbanos e rurais que estão diariamente expostos aos raios solares em virtude de sua profissão e em horários de lazer.

Números oficiais analisados pela SBD mostram que mais de 17 mil casos de câncer de pele deixaram de ser diagnosticados no auge da pandemia de covid-19, entre 2020 e 2021. A situação afetou sobretudo a população com mais de 60 anos. No período, o total de internações em decorrência da doença também caiu 26%, segundo informações do Sistema Único de Saúde (SUS).

Além dos atendimentos, a campanha será feita nas redes sociais das instituições participantes. Durante todo o mês de dezembro, serão publicados cards, vídeos e motions explicativos sobre o câncer e a importância de procurar um médico dermatologista em caso de aparecimento de mancha ou lesão suspeita.

Tipos da doença

O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal e descontrolado de células que compõem a pele. Elas se dispõem formando camadas e, de acordo com as que forem afetadas, são definidos os diferentes tipos de câncer. Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo da doença.

A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Entre os sinais que fazem soar os alertas estão: lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho; mancha ou ferida que não cicatriza e que continua a crescer, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.

Em relação ao tratamento, há diversas opções terapêuticas para cuidar do câncer da pele não-melanoma. A modalidade escolhida muda conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos de menor complexidade.

Dentre os tratamentos mais usuais estão cirurgia excisional; curetagem e eletrodissecção; criocirurgia; cirurgia a laser; Cirurgia Micrográfica de Mohs; e Terapia Fotodinâmica (PDT); além de radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações orais e tópicas.

Já para os casos de câncer de pele melanoma, o tratamento pode variar de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente. As variantes de modalidades cirúrgicas são as principais alternativas.

Fonte: Hospital Evangélico Mackenzie