A cada 6,5 horas, uma pessoa morre no PR em decorrência do alcoolismo. A cada uma hora e 17 minutos, em média, uma pessoa é internada no Paraná em decorrência de problemas relacionados ao consumo de álcool. E a cada seis horas e meia uma dessas pessoas morre em hospitais no estado por conta desse tipo de dependência química, revelam dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

O levantamento foi feito pelo Portal Bem Paraná e divulgado em 18 de fevereiro, Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, data instituída para conscientizar os brasileiros sobre o consumo excessivo de álcool e os males que a prática pode ocasionar. Segundo a reportagem, o alerta se faz especialmente importante nestes tempos de pandemia, uma vez que foi verificado grande aumento no consumo de álcool no período de isolamento social.

Para o Hospital Psiquiátrico de Maringá (HPM), que vive a realidade do problema, atuando com equipe multidisciplinar e serviço especializado de referência , no tratamento à dependência química de seus pacientes, muito mais que uma data, é preciso ter este tema sempre em discussão, em todos os momentos. Afinal, o consumo de álcool abusivo, ou seja como dependência química, tem impacto profundo na vida e na saúde dos próprios pacientes, de seus familiares e, por extensão, a toda a sociedade, com reflexos inclusive no aumento à violência doméstica, no desemprego, entre outros .

Conforme alerta a médica psiquiatra da equipe do HPM, Dra. Geórgia Salvadori, ao mesmo tempo em que se atua para auxiliar as pessoas a vencerem o vício, tratando de sua dependência química, é preciso dispensar muita atenção ao início do problema. “A pessoa que começa o uso da bebida alcoólica, na maioria das vezes vai aumentando aos poucos, sem conseguir perceber que está se tornando viciada”, explica.

Nesse sentido, é muito importante, segundo a profissional, o olhar atento de um familiar, que pode fazer o alerta, mas com muito cuidado, com empatia, ao perceber sinais da instalação do vício, como aumento do consumo, irritabilidade, problemas afetivos, violência, conflitos no trabalho etc. O mais importante é demonstrar apoio, que se está ali para ajudar, reconhecendo a dificuldade, para que esta pessoa que está viciada, possa buscar ajuda especializada para tratamento de sua dependência.

E Maringá, conforme aponta a médica psiquiatra do HPM, possui uma rede de assistência psicossocial bastante ampla, desde o atendimento inicial, o qual pode começar em uma unidade básica de saúde, passando por consulta ambulatorial, serviço de emergência psiquiátrica e, se for o caso, regime de tratamento integral 24 h. (internação), serviço especializado disponibilizado pelo Hospital Psiquiátrico de Maringá, o qual é parte integrante desta rede, como Serviço Hospitalar de Referência Estadual e Municipal.

Fonte: Hospital Psiquiátrico de Maringá