18.05O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, participou na última quarta-feira (13), em Campinas, do 24º Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo. Caputo Neto foi convidado para falar sobre a experiência do Paraná na implantação do HospSUS, um programa inovador voltado ao apoio e qualificação de hospitais públicos e filantrópicos vinculados ao SUS.

De acordo com o secretário, a parceria entre poder público e filantropia deve ser cada vez mais fortalecida nos Estados, visto que os hospitais beneficentes estão presentes na grande maioria dos municípios e muitos também se consolidaram como referências de atendimento em suas regiões.

“No Paraná, reconhecemos a importância desses serviços de saúde, sobretudo como retaguarda das redes de atenção que organizamos. Por conta disso, estamos investindo para melhorar a infraestrutura desses hospitais, além de qualificar as equipes profissionais e garantir recursos de custeio das atividades”, afirmou Caputo Neto.

Lançado em 2011, o Estado já destinou mais de R$ 270 milhões em investimentos para o setor. Assim como em todos os programas estratégicos da Secretaria da Saúde, o HospSUS prioriza também investimentos na capacitação de gestores e profissionais da área hospitalar. Além de cursos específicos sobre processos de trabalho, humanização e atualização profissional, o programa ofereceu ainda uma pós-graduação em gestão hospitalar.

56TRÊS FASES – No início, o HospSUS beneficiou 51 hospitais públicos e filantrópicos de alta complexidade que se estabeleceram como referências regionais para as redes Mãe Paranaense e Paraná Urgência. O apoio do Governo do Estado permitiu que fossem abertos na rede pública pelo menos 670 novos leitos de UTI adulto, neonatal e pediátrica em quatro anos.

Na segunda etapa, o foco foram os hospitais e maternidades de baixa e média complexidade, com um incremento no repasse de recursos para qualificação dos partos.

Já na terceira fase, o objetivo foi fortalecer hospitais de pequeno porte, cujos serviços também são essenciais para o atendimento da população de municípios menores. A intenção é garantir a subsistência deste tipo de estabelecimento que sofre com a crise de financiamento do SUS.

CONGRESSO – Com o tema “Reinventando a Saúde: o espetáculo não pode parar”, o congresso segue até sexta-feira (15) com a participação de mais de 400 gestores de saúde. A programação foi montada com palestras e debates para discutir alternativas de gestão no sentido de enfrentar a crise financeira do SUS, sobretudo por conta da defasagem da remuneração dos procedimentos pagos pelo governo federal.

Os gestores dos hospitais lamentaram que a Câmara Federal tenha ignorado o projeto de iniciativa popular Saúde + 10, que definia a destinação de 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde.

Fonte: Sesa