Com o crescente aumento de casos com Coronavírus e a necessidade de restrição de contato e isolamento e quando necessita de internação, o paciente não recebe visitas e nem possui acompanhamento de familiares, o Instituto Lico Kaesemodel, idealizador do Projeto Eu Digo X, lançou nessa semana um informativo que será disponibilizado aos hospitais, UPAs, centros médicos e familiares sobre os cuidados no atendimento médico a um paciente com Síndrome do X Frágil ou Autismo.

Hoje, com apoio da opinião pública, o Transtorno Espectro Autista (TEA) está muito conhecido e difundido. No entanto, existe uma doença correlata, muitas vezes diagnosticada como autismo, de pouco conhecimento da população, que é Síndrome do X Frágil.

“Como a Síndrome do X Frágil apresenta muitos sintomas e sinais diferenciados, acaba dificultando a definição do quadro clínico de pessoas acometidas por ela. Por essa razão, muitos são diagnosticados com Autismo, TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade), Síndrome de Asperger, entre outros. A Síndrome do X Frágil é uma condição hereditária que causa deficiência intelectual de graus variáveis e pode ter sinais comportamentais importantes, muitas vezes dentro do espectro do transtorno autista”, explica Luz María Romero, gestora do Instituto Lico Kaesemodel.

Em um atendimento hospitalar emergencial, sem a presença de um familiar ou tutor, os pacientes X Frágil e alguns casos de autismo podem resistir à ajuda, evitar o contato físico e, principalmente, não responder as perguntas realizadas. “Em casos que pacientes X Frágeis ou Autistas sejam diagnosticados com COVID -19, orienta-se que, ao falar com eles, principalmente se for um paciente com Síndrome do X Frágil, o atendente ou médico evitem olhar diretamente nos olhos, e se precisar tocá-los, faça-os com certa pressão, pois se sentem incomodados com toques leves”, ressalta Luz María. Segundo a gestora, o ideal nesses casos é a permissão do acompanhante de confiança do paciente.

Outro item de extrema importância, segundo Luz María, é a medicação aplicada. “Muitos pacientes X Frágeis ou autistas possuem uma medicação forte para atenuar sintomas. Ao ingerir uma nova medicação, pode ter interações medicamentosas”, salienta. “Normalmente nossos pacientes não sabem os nomes dos medicamentos, apenas sabem da necessidade de ingeri-los. O ideal é a presença dos pais ou tutores, para informar a listagem, evitando incompatibilidade medicamentosa”, ressalta.

O Instituto Lico Kaesemodel disponibiliza o informativo gratuitamente aos interessados pelo site (www.eudigox.com.br), como também pelas redes sociais @projetoeudigox.

Fonte: Instituto Lico Kaesemodel