As comemorações das festas de fim de ano podem ser um gatilho perigoso para novos casos de COVID-19 neste início de 2021. Por isso, quem viajou – independentemente do local – ou participou de confraternizações e festas com aglomeração deve adotar medidas preventivas para evitar a transmissão do coronavírus.

O vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, o médico infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Júnior, lembra que os primeiros 15, 20 dias deste ano podem reservar surpresas desagradáveis no que se refere aos números da pandemia. O especialista diz que a previsão é de um aumento das consultas ambulatoriais ainda nesta semana. Na sequência vem um aumento de internamentos seguido, infelizmente,  por uma maior taxa de óbitos. “A gente sabe que o que segura a transmissibilidade do vírus é, principalmente, evitar aglomeração. Como nas festas de fim de ano e nas idas ao litoral isso acabou não sendo cumprido, espera-se sim um aumento no número de casos nas próximas semanas”, reitera.

Até o momento, a COVID-19 contabiliza mais de 7,8 milhões de casos no pais e caminha para as 200 mil mortes (em Curitiba, por exemplo, foram cerca de 2,3 mil óbitos e – no Paraná – esse número passou dos 8 mil). No Pequeno Príncipe, foram mais de 300 diagnósticos positivos e 5 mortes. “Então, diante desse quadro, a orientação é que as pessoas que porventura estiveram viajando se cuidem pelo menos nos próximos 7 dias. Ou seja, faça um pré-isolamento exatamente para a gente verificar se nesse período pós-festas você vai desenvolver qualquer sintoma”, comenta o médico.

Essas recomendações também se aplicam às crianças. É fundamental evitar que elas compartilhem objetos entre si. Também é importante que elas sigam as medidas epidemiológicas (além da higienização das mãos, isolamento + distanciamento social, etiqueta ao tossir e o uso da máscara) e – na presença de qualquer sintoma estranho – procure imediatamente um pediatra.

Fonte: Hospital Pequeno Príncipe