22.06No dia 16 de junho, na sede da Associação Médica Brasileira (AMB), em São Paulo, representantes de associações, sindicatos, federadas e grupos estudantis de todas as regiões do Brasil deram início oficial ao movimento Frente Nacional em Defesa da Saúde, da Medicina e do Médico, grupo que tem como objetivo fortalecer e unir as instituições médicas em prol dos pacientes e dos profissionais da saúde.

O presidente da AMB, Dr. Florentino Cardoso, disse que as entidades presentes não compactuavam com a divisão da classe médica, assim como também reforçou que o caminho para que os médicos tenham mais força é se unindo às instituições já existentes e lutando contra ao aparelhamento das entidades existentes e à criação de entidades-espelho, cujo objetivo é enfraquecer e dividir a classe médica. “A AMB e outras entidades são as casas do médico brasileiro. As pessoas que hoje as dirigem passam, mas as entidades ficam, porque elas são de todos nós e é nelas que temos que fazer as mudanças necessárias para a saúde do Brasil”.

De acordo com o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Dr. Geraldo Ferreira, que junto com a AMB organizou o movimento, a frente vai lutar pela união da categoria médica, para defender e fortalecer a democracia, colocar-se intransigentemente nas lutas em defesa da dignidade, da remuneração e das condições de trabalho da classe. “Há uma orientação do Governo Federal, via CUT, para dividir qualquer categoria ou entidade em que o governo não é maioria”, se referindo à criação de uma nova federação.

Além de contar com o apoio das principais entidades, sindicatos, associações estaduais e grupos estudantis do Brasil, a Frente Nacional também tem adesão de instituições internacionais. “Diante de qualquer movimento que vise defender o médico, a medicina e a saúde, independente do país, vamos apoiar”, declarou o coordenador do Comitê de Assuntos Médicos Sociais, da Associação Médica Mundial (World Medical Association – WMA), Dr. Miguel Roberto Jorge.

Durante o evento, diversos representantes de instituições médicas contribuíram com sugestões ou com ideias que já vem sendo implementadas no seu estado para a defesa da classe médica e dos pacientes. Um dos principais motes levantado pelos participantes é de que assim como outras categorias de trabalhadores, como advogados e engenheiros, por exemplo, os médicos não podem ter vergonha de expor sua opinião política e que isso deve iniciar desde as faculdades. “Os médicos e pacientes do Brasil podem contar com o nosso apoio e se precisar vamos percorrer as 252 escolas de medicina do Brasil. Pois, vamos lutar contra um governo que está muito mais preocupado com o voto do que a saúde”, afirmou o presidente da Associação dos Estudantes de Medicina (AEMED-BR), Vinícius de Souza.

Próximos passos

O próximo encontro da Frente Nacional em Defesa da Saúde, da Medicina e do Médico já tem data e local marcados. Acontece no dia 21 de agosto, em Fortaleza e vai reunir membros das diretorias da AMB e FENAM para a criação de comissões que visem, por exemplo, a participação de representantes médicos nas eleições de 2016, que tenham como plataforma melhorias na saúde dos seus municípios.

Fonte: Associação Médica Brasileira