Nos dias 8 e 9 de junho foi realizada a 2ª Maratona de Cirurgia de Câncer de Mama (Maramama) – uma grande oportunidade para cirurgiões que desejam se atualizar sobre as mais avançadas técnicas cirúrgicas para o combate a este tipo de neoplasia, em uma experiência de imersão máxima, com ampla discussão dos procedimentos, realizados por renomados especialistas da América Latina. São situações reais, transmitidas simultaneamente em Full HD do centro cirúrgico para o auditório principal do Hospital Erasto Gaertner – onde o curso é realizado.

“É muito importante que os profissionais se atualizem e iniciem novas técnicas cirúrgicas. Cada vez mais, temos recebido pacientes com alterações genéticas, que precisam de procedimentos para diminuir o risco de um câncer no futuro.  Por isso, a Maramama abrange o que há de mais avançado desde a mastectomia (retirada total da mama) até a reconstrução das mamas, importantíssima cirurgia para trazer de volta a autoestima da mulher e sua melhor qualidade de vida”, desatacou o cirurgião oncológico do HEG, José Clemente Linhares, coordenador da 2ª Maramama.

Durante o evento, algumas pacientes foram submetidas à cirurgia profilática (preventiva) – mesmo procedimento realizado pela atriz Angelina Jolie, em 2013, quando ela resolveu, juntamente com a equipe médica, realizar a cirurgia de retirada das mamas, pois através de testes genéticos, descobriu-se que havia grandes chances da atriz desenvolver um câncer de mama. Hoje, essa cirurgia já está ao alcance de algumas mulheres e foi um tema debatido, na prática, durante a 2ª Maratona de Mama do Hospital Erasto Gaertner. As pacientes passaram por testes genéticos – com orientação do departamento de Oncogenética do HEG, por meio do Centro de Projetos de Educação e Pesquisa (CEPEP) e descobriram que, assim como a atriz Angelina Jolie, elas tinham grandes possibilidades de desenvolver câncer.

“Este é um momento muito importante para nossas pacientes. O teste genético ainda não tem custo acessível a todos e conseguimos, com a pesquisa, facilitar esse processo. E o que é melhor, conseguimos também incentivá-las a cuidar da saúde, a se prevenir, informando como é importante sair na frente do câncer. São famílias que podem ser salvas desta forma”, explicou o médico João Cláudio Casali da Rocha, coordenador da pesquisa de oncogenética do HEG.

Além das cirurgias preventivas, outros casos foram conduzidos por dez cirurgiões, que realizaram entre 14 e 20 procedimentos com as mais avançadas técnicas de ressecção e reconstrução mamária, com foco em procedimentos oncológicos. Durante a Maramama, as mulheres que foram submetidas à cirurgia de reconstrução mamária, passaram também pelo processo de micropigmentação – que é o redesenho de aréolas e mamilos, feito pela artista Valéria Yoshinio. “É muito gratificante saber que, cada vez mais, os médicos estão inserindo a micropigmentação nesse processo. Melhor ainda é ver os resultados e ter a gratidão das pacientes, que retomam sua autoestima, depois de um período tão difícil, mas superado”,  relatou a artista.

Fonte: Assessoria de Comunicação Hospital Erasto Gaertner