Como o site O Independente já tinha adiantado, a crise nos hospitais filantrópicos de Mato Grosso atingiu índices insuportáveis neste mês.

De acordo com Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (FEHOSMT) essa situação é devido à falta de repasses regulares do Governo do Estado que está há dois meses sem pagar o custeio no valor de quase R$ 13 milhões para as Unidades de Terapia Intensiva – UTI e alguns serviços essenciais como a Oncologia, leitos de retaguarda e incentivo de cirurgias cardíacas e obstetrícias.

As instituições Santas Casas de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital Geral Universitário, Hospital Santa Helena e Hospital do Câncer de Mato Grosso estão passando por enormes dificuldades com fornecedores e pagamento do sefviço médico.

A presidente da FEHOSMT, Dra. Elizabeth Meurer disse que a dívida do Estado com as instituições vêm se arrolando desde 2015. “No ano passado elencamos uma série de perdas que estamos tendo com a falta destes repasses para a Secretaria de Estadi de Saúde, mas até agora não foi feito quase nada para nos tirar desta situação. O incentivo de custeio emergencial veio apenas por três meses e desde fevereiro as instituições não receberam mais este aporte”.

Elizabeth destaca que a crise vivida pelos gospitais filantrópicos é alarmante. “Não sabemos mais como sanar essas dívidas, porque não temos mais perspectiva em mudar este cenário que nos encontramos. Porque quando paramos em dezembro do ano passado, o ex-secretário estadual de Saúde se comprometeu a fazer todos os repasses, mas já estamos com dois meses atrasados novamente nas UTIs e três meses em outros srviços cmo cirurgia cardíaca e obstetrícia”.

A presidente aponta que os cinco hospitais atualmente atendem 80% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e somam 3,5 mil ibnternações por mês, sendo que o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral fazem cerca de 1,1 mil partos ao mês. Em cada unidade são feitas aproximadamente 500 cirurgias por mês.

Os hospitais cobram do governo o imediato pagamento do valor atrasado e a elaboração de um cronograma para não deixar que os repasses voltem a atrasar.

Elizabeth destaca que caso não seja feito o repasse na próxima sexta-feira (26), os hospitais irão paralisar os serviços. “Essa é uma situação insuportável, porque estamos tentando reverter essa realidade. Mas acabamos sempre batendo contra a parede de um Estado que não está solucionando os problemas dos hospitais filantrópics e por consequência dificultando o acesso dos apcientes aos leitos e aos procedimentos”. Cada vez que um hospital regional paralisa seus serviços, os hospitais filantrópicos ficam ainda mais sobrecarregados porque, atualmente, 50% de seus atendimentos já são para apcientes do interior do Estado e da Baixada Cuiabana.

Fonte: O Independente (MT)