Foto: Antônio More / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Motoristas e cobradores do transporte público de Curitiba e região metropolitana aceitaram, em assembleia, a proposta feita pelo sindicato patronal e devem encerrar a paralisação. A expectativa é de que a circulação dos ônibus seja restabelecida ainda nesta quarta-feira (15), mas não há definição de quantas linhas voltariam a circular e a partir de que horários.

Com o novo acordo, os trabalhadores vão receber reajuste salarial de 10,5%, vale-alimentação de R$ 200 e abono único de R$ 300, a ser pago em junho. Essa proposta foi apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta quarta-feira, na audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). A reunião começou ao meio-dia e foi suspensa às 13 horas por causa da assembleia da categoria e será retomada após a deliberação dos trabalhadores, que aceitaram o acordo.

De acordo com a Urbanização de Curitiba (Urbs), responsável por administrar o transporte coletivo na cidade, os ônibus só podem voltar a circular depois da formalização do acordo no TRT. Assim que for homologado, motoristas e cobradores ainda têm um tempo para colocar os veículos em circulação.

A expectativa da Urbs é de que os ônibus voltem a circular no horário de movimento no fim da tarde. As linhas e quantidades de veículos que farão o serviço serão definidas pelas empresas, que vão organizar as tabelas. Assim que os primeiros ônibus começarem a circular, fica suspenso o serviço de transporte por meio de vans ou carros particulares, que automaticamente perdem o credenciamento feito no órgão.

Hospitais

A greve dos motoristas e cobradores não afetou somente o comércio da cidade. Hospitais de Curitiba também sofrem com a falta de funcionários. No Hospital Cajuru, 20 cirurgias eletivas foram canceladas na terça-feira (14) e nesta quarta (15).

Segundo a assessoria de imprensa, metade dos funcionários não conseguiu chegar ao trabalho no primeiro dia. Hoje, transporte terceirizado foi contratado para auxiliar o deslocamento.

O movimento nos hospitais também diminui. No Hospital do Trabalhador, que em média recebe 280 pessoas no pronto-socorro, houve apenas 80 pessoas atendidas. O mesmo ocorre com as consultas eletivas. Da média de 700 consultas diárias, apenas 364 pacientes compareceram.

 Fonte: Gazeta do Povo