Com o tema “Ouvindo as Vozes da Saúde Hospitalar do País: Sensibilizar é Preciso”, o 21º Congresso da Fehosp pretende ir ao encontro das expectativas e anseios do setor filantrópico. O evento marca a reunião anual de gestores e o debate de soluções para a difícil situação das entidades. “É um momento positivo para, juntos, encontramos alternativas”, afirma o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti.
As instituições beneficentes, ressalta ele, têm papel fundamental na oferta de saúde à população. Atualmente, os hospitais sem fins lucrativos são complementares do Sistema Único de Saúde (SUS) em maior número e capacidade instalada, com 175 mil leitos, correspondendo a 41% das internações pelo SUS no país. Somente no Estado de São Paulo, as entidades filantrópicas respondem por 50,26% dos leitos do públicos, realizando 50,78% das internações. Dos 645 municípios, os filantrópicos estão presentes em 286.

Por isso, é essencial escutar aqueles que estão diariamente e permanentemente trabalhando em prol da saúde pública. Ao mesmo tempo, é igualmente importante uma aproximação cada vez maior com todas as esferas governamentais, ampliando o diálogo e reconstruindo parcerias efetivas. “Baseados em metas realistas, precisamos reafirmar o compromisso de prestar assistência de qualidade, humanizada e digna à população”, diz o diretor-presidente da Fehosp.

Ouvindo as vozes das autoridades

E, justamente para reforçar este pacto e avaliar novas possibilidades, um dos destaques da manhã de ontem (25) foi o painel “Ouvindo as vozes das autoridades. Panoramas dos projetos em andamento para a filantropia”. Com um amplo debate entre diferentes representantes governamentais, a atividade, moderada pelo filósofo Mário Sérgio Cortella, contou com a participação do diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti, do deputado federal e presidente da Frente Parlamentar de Apoio as Santas Casas, Antonio Brito, do deputado estadual e coordenador da Frente Parlamentar das Santas Casas, Itamar Borges, do secretário municipal de Bauru, José Fernando Monti e da diretora do departamento de Regulação, Avaliação e Controle de Sistemas do MS, Maria do Carmo.

Foram levantados temas como alterações na lei da filantropia, contratualização, o programa Pró-Santa Casa, além de mais recursos para as entidades e outros pontos vitais para o setor. “Precisamos organizar propostas que julgamos fundamentais para a nossa sustentabilidade. E carecemos de políticas de longo prazo”, avaliou Edson Rogatti.

“Somos importantes, pois temos força”, afirmou o deputado Antonio Brito, lembrando que apesar dos graves problemas enfrentados o País possui a maior rede mundial de hospitais filantrópicos. “Somos um espelho para 27 países que tem entidades filantrópicas, mantendo uma rede de mais de 2 mil Santas Casas”, acrescentou.

Além disso, Mário Sérgio Cortella e Edson Rogatti enfatizaram que a saúde não pode ser uma política de governo, mas sim uma política de Estado, de todos.

Fonte: Fehosp