Mais um estado confirma a transmissão comunitária da variante Delta do coronavírus. Desta vez foi o Paraná. Conforme anúncio feito nesta quarta-feira (28 de julho) pela Secretaria de Estado da SaúdeMinistério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Paraná registrou mais 16 casos da cepa, identificada primeiramente na Índia, e seis mortes pela Covid-19 resultante da Delta. Agora, o estado soma 29 casos e 12 mortes.

O Paraná iniciou uma investigação sobre a variante Delta após a confirmação dos primeiros casos. Além do Paraná, já confirmaram a transmissão comunitária o Rio Grande do Sul, São Paulo e o Distrito Federal. A transmissão comunitária é definida quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão.

De acordo com a Secretaria de Saúde do Paraná, os casos da variante Delta no estado são sete mulheres e nove homens com idades de 12 a 83 anos. As novas confirmações foram em Araucária (1), Colombo (1), Curitiba (3), Fazenda Rio Grande (1), Piên (2), Piraquara (1), Pinhais (1), Fernandes Pinheiro (3), Irati (1), Imbituva (1) e Campo Mourão (1). Quatro casos estão encerrados como cura, um paciente teve alta e cinco estão em investigação. ]

Sobre as mortes, elas foram registradas entre 6 e 28 de julho em Curitiba (2), Piên (2), Imbituva e Irati, foram quatro homens e duas mulheres, com idades de 31 a 83 anos.

“Diante desse quadro, que requer atenção, mas não desespero, ressaltamos mais uma vez a importância fundamental das medidas não farmacológicas, que são o uso de máscara de proteção de forma correta, a higienização frequente das mãos e o distanciamento social, além da imunização na data que a dose estiver disponível”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Predominância da variante Gama

Apesar de o Paraná ser mais um estado a confirmar a transmissão comunitária da variante Delta, a predominância atual ainda é da cepa gama, também conhecida como P1 e identificada primeiramente no Amazonas.

Para acompanhar o avanço das variantes, em especial nesse momento da Delta, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) realiza um protocolo diferenciado de triagem de testes RT-PCR em tempo real para detecção de variante. São rastreadas 330 amostras semanais e as que apresentam ausência da detecção para a variante P1, predominante no Estado, são encaminhadas para sequenciamento genômico e confirmação pela Fiocruz. 

Até o momento foram realizados 2.770 testes com 133 amostras suspeitas da variante encaminhadas para a Fiocruz. Segundo a investigação, a P1 ainda é a mais ativa, presente em 95,63% das amostras avaliadas.

* Com informações da AEN

Fonte: Saúde Debate