Diagnosticar precocemente faz parte da prevenção para salvar vidas. Por isso, alguns testes são reconhecidamente imprescindíveis, exigidos em maternidades brasileiras: do olhinho, do pezinho, da orelhinha e agora também do coraçãozinho.

Pioneiro,  mesmo antes da discussão de uma Lei para os hospitais no Município, o Evangélico de Londrina (HE) aderiu à causa e implantou o teste no final de 2011. Sob a orientação da pediatra Andrea Janot, chefe de neonatologia do HE, a oximetria de pulso (o teste do coraçãozinho) é feita por um profissional de enfermagem com o auxílio do oxímetro,  equipamento utilizado para medir a oxigenação do sangue, em que a descoberta precoce de problemas cardíacos congênitos possibilita a intervenção rápida, para  cirurgias precisas  nos recém-nascidos. O processo é simples e aumenta a chance de cura quando o diagnóstico é feito nas primeiras horas de vida, entre as 24h e 48 horas.

“Estima-se que a cada 1000 bebês nascidos vivos, 1 a 2  apresentam algum tipo de cardiopatia, e ainda a média de 30%  desses bebês doentes saem das maternidades sem o diagnóstico”, explica  Dra. Andrea. Para a médica, a obrigatoriedade do Teste do          Pezinho é uma  iniciativa importante, que pode contribuir para salvar vidas.

Sem choro!

Para os pais ficarem sossegados, o exame é seguro, rápido, com duração de 5 minutos, em média, e sem dor. É colocada uma pulseira no pulso direito da criança e na sequência, emum dos pés. Nas aferições, o  número deve ser  superior a 95 e diferença entre asavaliações (na mão direita e no pé) não pode ultrapassar 3%. No caso de alguma anormalidade, o pediatra é comunicado imediatamente para a realização de exames complementares.

Aprovada a obrigatoriedade por lei em outros estados, o Paraná ainda não sancionou os projetos apresentados por alguns municípios. Em Londrina, apresentado pela vereadora Sandra Graça (Lei nº 358/2011), o projeto que exige o Teste do Coraçãozinho em hospitais aguarda sanção do prefeito.
Os investimentos com oxímetros e monitores multiparametros, mais modernos para          o exame, custam a média de R$ 10.000,00. “O  ‘padrão ouro’ para garantir um diagnóstico completo seria a realização do ecocardiograma fetal, ainda durante a gestação e,          posteriormente, no nascimento, a oximetria. Entretanto, o custo ficaria inviável para o atendimento SUS. Garantindo o Teste do Coraçãozinho já é um importante passo”,complementa a pediatra.
Levantando bandeiras em prol das avaliações cardiológicas desde a gestação, a AACC Pequenos Corações, entidade sem fins lucrativos, encabeça uma campanha nacional para a aprovação da lei no país. Em   Londrina, a Pequenos  Corações mobilizou o Dia da Cardiopatia Congênita, instituído  pela Câmara Municipal como data oficial em 12 de junho.

Mais  informações: Dra. Andrea Janot, pediatra, 9991-1670 ou  3323-3707, email andreajanot@sercomtel.com.br,  chefe de neonatologia do Hospital Evangélico de Londrina. Vanessa Rodrigues, 3028-9668 ou 3301-7739, coordenadora do Núcleo Londrina da AACC Pequenos Corações.

Saiba mais: (TV Tarobá, Londrina): http://youtu.be/mFaA1zH_Pdg

Fonte: Comunicação AEBEL