Os hospitais do Norte do País, representados pela Federação dos Hospitais e Entidades de Saúde do Pará e Amapá (Fhefipa), enfrentam dificuldades similares ao restante do país. Segundo o novo presidente da Federação, Claudemir Guimarães, a falta de reajustes nas tabelas de pagamento é a principal causa dos problemas. Para ele, a participação no 28º Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, nos dias 15 e 16 de agosto, é muito importante, uma vez que, o evento proporciona um momento de fortalecimento do segmento. “O Congresso é um momento oportuno para que possamos externar e tornar evidente nossos anseios, nossas dificuldades frente aos recursos escassos que gerimos, demonstrando que nosso segmento representa mais de 50% dos atendimentos do SUS, e que temos, sim, gestão profissionalizada”, afirmou.

Guimarães ressaltou, ainda, que a participação de parlamentares no 28º Congresso, especialmente com a realização do café da manhã, permite que os hospitais e Federações fortaleçam o relacionamento com deputados e senadores, além de apresentar os pleitos do setor. “Este é o momento onde todos podem conhecer a amplitude e a legitimidade de nossos pleitos. Não queremos simplesmente medidas paliativas do governo Federal, com linhas de crédito ou prorrogação de prazo de uma dívida que contraímos em razão de estarmos há anos financiando o Sistema Único de Saúde. Queremos, sim, um tratamento digno de nossa importância, com reajuste nas tabelas de remuneração. Lutamos por uma reestruturação do SUS, para que tenha seus recursos melhor distribuído, melhor administrado, que elimine os gargalos assistenciais”, disse.

À frente da Fhefipa desde maio deste ano, Claudemir Guimarães afirmou que pretende realizar uma gestão com base no profissionalismo, fazendo uma gestão transparente, democrática e comprometida com o segmento. “Vamos cumprir na íntegra a missão da Fhefipa: promover a união, integração, desenvolvimento e capacitação dos Hospitais e Entidades Filantrópicos do Estado do Pará e Amapá, atuando permanentemente na defesa e proteção dos interesses sociais e econômicos de seus associados, para que estes tenham condições de prestar uma assistência de qualidade à saúde da população”, garantiu.

Com 13 hospitais filiados, a Fhefipa deve trabalhar para melhorar o relacionamento com os parlamentares federais e estaduais, a fim de buscar soluções para as dificuldades enfrentadas pelos associados, especialmente em relação aos recursos do SUS, que são insuficientes para manter as despesas dos hospitais. “A participação dos hospitais no processo de construção solidez e evolução da Fhefipa, indubitavelmente passa pela participação envolvimento e comprometimento de seus associados, pois, entendemos que as ações sempre devem ser pensadas e realizadas visando o bem da coletividade, de maneira transparente democrática e acima de tudo participativa”, explicou Guimarães.

Para ele, a participação de presidenciáveis no 28º Congresso da CMB também deve ser considerada como momento de relevância, pois permitirá conhecer os programas de governo e será uma oportunidade para apresentar os pleitos da Saúde. “Esperamos que os candidatos a Presidente da República apresentem um programa de Estado, políticas públicas factíveis, com ações efetivas equânimes e bem geridas, que estejam condizentes com nossa realidade, pois não suportamos mais programas e falácias, programas de governo que, além de serem inaplicáveis e retóricos, representam apenas aquela gestão. Precisamos de algo concreto, que pense no Estado, nas necessidades da população e não fique limitado a partidos políticos e interesses pessoais”, enfatizou.

Fonte: CMB