camaraA principal iniciativa da administração petista para elevar a eficiência da gestão da saúde pública está empacada há seis anos na Câmara dos Deputados.

O motivo: o projeto é acusado de ser um caminho para a privatização do setor -uma ironia para um partido que sempre demonizou essa palavra.

A proposta, apresentada em 2007, cria as fundações públicas de direito privado, um modelo que seria aplicado, por exemplo, aos hospitais mantidos por universidades federais.

Sob essa forma de gestão, argumentam seus defensores, os hospitais ficariam livres de regras impostas aos órgãos públicos e enfrentariam menor burocracia para comprar equipamentos ou contratar funcionários.

Ou também -e aí começam as resistências corporativas ao texto- para demitir funcionários.

Há poucas dúvidas de que a saúde é o setor mais problemático da administração pública no Brasil. A ineficiência foi detalhada em um estudo do Banco Mundial noticiado hoje pela Folha.

O projeto das fundações de direito privado foi apresentado por um ministro ligado ao PMDB, José Gomes Temporão. Após as resistências de servidores e militantes da saúde pública, perdeu apoio na Câmara.

Neste ano, porém, voltou a ser defendido pelo ministério, agora sob o comando petista de Alexandre Padilha, que deve ser o candidato do partido ao governo de São Paulo no próximo ano.

Fonte: Folha de S. Paulo