O avanço da variante Ômicron implica em um maior número de casos de Covid-19 e também na necessidade do isolamento correto para interromper a transmissão do coronavírus. Por isso, saber qual o período correto de isolamento, como fazê-lo e efetivamente cumpri-lo se torna essencial.

Neste mês de janeiro, o Ministério da Saúde decidiu reduzir de dez para sete dias o período de isolamento para pacientes com Covid-19. Segundo a atualização do Guia de Vigilância Epidemiológica para a Covid-19 da pasta, caso não haja mais sintomas no sétimo dia, a pessoa pode sair do isolamento. A regra prevista anteriormente pelo Ministério da Saúde era de 14 dias de isolamento ininterruptos.

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Existe ainda uma possibilidade de encurtar ainda mais o tempo de isolamento. Caso no quinto dia o paciente não tenha mais nenhum sintoma respiratório, não apresente febre e esteja há 24 horas sem usar medicamento antitérmico, ele pode fazer um teste rápido de Covid-19. Se o teste der negativo para o vírus, ele também está liberado. Se, no entanto, o teste der positivo, o paciente deve aguardar até o fim dos dez dias de isolamento. Para quem chegou ao sétimo dia e ainda tiver com sintomas do vírus, a recomendação é manter o isolamento, no mínimo, até o décimo dia e sair apenas quando os sintomas acabarem.

O Ministério da Saúde usou como parâmetro as medidas de isolamento aplicadas nos Estados Unidos e no Reino Unido. No primeiro, o isolamento termina após cinco dias caso não haja mais sintomas. No segundo, o tempo de isolamento é de sete dias, comprovado o fim da infecção com um teste negativo.

Entretanto, houve estado que adaptou a orientação. Foi o caso do Paraná. Para os paranaenses que desejam saber qual o período correto de isolamento, o cálculo é diferente. Para aqueles que estão assintomáticos, o período é de sete dias. Já nos casos em que o infectado apresenta sintomas leves e moderados, a recomendação é de dez dias. Os prazos passam a contar a partir da confirmação por meio de um teste PCR (padrão ouro) ou antígeno.

A orientação é diferente da indicada pelo Ministério da Saúde. Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná, a diferença entre os períodos se dá por conta da logística de testagem nos municípios paranaenses. A decisão foi encaminhada ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de todo o Estado.

“Estamos cumprindo a nova determinação do Ministério, porém, deixando de fora a recomendação de cinco dias de isolamento para assintomáticos, já que é muito difícil para os municípios promoverem esse isolamento de cinco dias porque teríamos que testar duas vezes, e hoje, a rede tem dificuldade para testar duas vezes num período tão curto”, afirmou o secretário estadual de Saúde, Beto Preto.

Apesar da redução no isolamento, as medidas de prevenção contra a disseminação do vírus ainda estão mantidas. Entre as principais orientações estão o uso correto de máscara, distanciamento social, manter ambientes ventilados com livre circulação de ar, higienização das mãos e evitar contato próximo com pessoas que apresentem sintomas respiratórios. A vacina também é essencial para evitar a proliferação de casos graves da doença, de acordo com o secretário.

 

Como fazer o isolamento

Depois de saber qual o período correto de isolamento e a partir de quando ele começa, é necessário fazê-lo da forma indicada pelas autoridades de saúde.

De acordo com a médica infectologista Roberta Schiavon, integrante da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) – em material divulgado pela Secretaria de Saúde do Paraná, a primeira orientação é destinar um quarto e um banheiro para uso exclusivo da pessoa infectada ou com suspeita de infecção. Quando o local não tem mais de um quarto e mais de um banheiro, a recomendação é deixar o quarto para a pessoa suspeita e, quem não apresenta sintomas, deve dormir na sala, por exemplo.

O cômodo com o paciente isolado deve ficar todo o tempo com a porta fechada. Mas é necessário manter a janela aberta para ter ventilação e entrada de luz solar. A pessoa infectada ou com suspeita de infecção tem de trocar a própria roupa de cama. Se houver secreções na roupa de cama, ela deve embalar em um saco plástico antes de levar à máquina de lavar ou ao tanque.

Nos casos de salas compartilhadas ou casas com apenas um cômodo, pessoas infectadas e pessoas sem a doença não podem compartilhar o mesmo sofá, cadeira ou colchão. A recomendação é manter 2 metros de distância da pessoa infectada ou suspeita.

É importante manter uma lixeira ao lado da cama, com saco plástico, para jogar o lixo. Quando o recipiente estiver cheio, a pessoa deve fechar a sacola e só depois despejar em lixeiras comuns, seja da casa, da rua ou do prédio.

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* Com informações da Agência Brasil e SESA

Fonte: Saúde Debate