crédito: JupiterimagensAtos criativos estão relacionados aos momentos em que a mente consegue se afastar dos problemas a serem resolvidos. Os insights costumam ocorrer em horas inesperadas quando é possível permitir que os pensamentos se libertem e nos mostrem novas soluções para situações cotidianas. O problema é que em ambientes hospitalares implantar essas dinâmicas criadoras parece ser uma tarefa secundária. No entanto, assim como nas empresas, as instituições de saúde também devem olhar e incentivar essas práticas se quiser alcançar bons resultados e relacionamento sadio.

De acordo com o master coach da Sérgio Ricardo Company, Sérgio Ricardo Missioneiro, a rotina dos hospitais tem causado em suas equipes a síndrome de Burnout, distúrbio de caráter depressivo, seguido de esgotamento físico e mental.

“Os hospitais são locais que devem produzir saúde, no entanto, as pessoas que fornecem esse serviço estão ficando doentes. O maior consumo de drogas é na área da saúde. Muitos médicos tomam remédios tarja preta, sofrem de transtorno obsessivo compulsivo, são obesos e fumam”.

O motivo destes sintomas se dá pelo fato de que existem problemas de cultura dentro das instituições hospitalares, que estão minguando as pessoas. O principal gargalo deve-se ao fato de que os hospitais apresentam uma rotina de atendimento ao cliente ao invés de produção de saúde.

O executivo conta que responsabilidades ligadas ao dia-dia de uma empresa também devem ser aplicadas dentro dos hospitais, como técnicas de gestão, dinâmicas de motivação, descoberta de líderes e integração entre as equipes. Porém esses conceitos não são colocados em prática.

“Ambientes hospitalares necessitam de eficiência emocional. Elementos sociais, trocas de feedbacks e busca pelo equilíbrio do sistema devem fazer parte das metas das instituições. Os médicos devem refletir se são profissionais ou amadores na arte de viver”.

Melhorando o ambiente

O uso de agressividade para manter a eficiência é algo que deve ser esquecido pelos gestores, de acordo com Missioneiro. Segundo o estudo Harvard Medical Practice, nos Estados Unidos, a maioria das mortes é causada por erros médicos como ministrar medicamentos errados.

“As pessoas erram e ficam com vergonha de falar. Sendo assim, não é possível detectar os erros e fazer uma capacitação e evitar que o equívoco se repita. O medo de punição é o que mais inibe a criatividade”.

Para reverter esses problemas, o coach diz que é preciso perder o medo de dar feedbacks. Uma pessoa criativa compartilha o que está acontecendo toda vez que ocorre algo fora do esperado. O importante é não focar no problema e sim estar atento para achar a solução.

Adquirir esse estado de espírito é uma tarefa que deve ser praticada, pois o gestor que não desenvolver essa competência está se desligando do mercado. “É preciso saber se relacionar com as gerações X,Y e Z . Mas, quem está no comando, deve conseguir despertar essa consciência em si mesmo primeiro”.

Despertando a criatividade

Pessoas criativas são criativas por que fazem o que gostam. Quando uma pessoa não faz o que gosta, tem grande probabilidade de não fazer um trabalho de boa qualidade. “Ou você trabalha pelo emprego, que é a fonte de renda ou pelo trabalho, que é fonte de vida. Se eu tenho uma fonte de vida, eu tenho paixão, por isso me dá vontade de realizar a tarefa de forma mais aplicada”.

Contemplar o belo, fazer caminhos diferentes, frequentar ambientes lúdicos, deixar o computador e o celular desligados uma hora por dia são algumas formas de estimular a criatividade. Além disso, quem quer ter criatividade deve aguçar o cérebro, exercícios como participar de karaokê, jogar cartas, videogames, cozinhar e atuar com as pontas dos dedos, tocar um instrumento e mexer na terra são dinâmicas assertivas para criar redes neurais diferentes.

Fonte: Saúde web / Crédito foto: Jupiterimagens