A Santa Casa de Campo Mourão realizou durante o ano de 2018 um total de 114.167 atendimentos entre ambulatoriais e de de pronto socorro a pacientes da região da Comcam. No período foi realizado um total de 3.071 cirurgias, 11.996 internamentos, entre outros. Os dados foram repassados pelo presidente do hospital, Pedro Henrique Montans Baer, reeleito para o cargo para mais dois anos. Os atendimentos ambulatoriais são atendimentos básicos de saúde, que não exige a internação do paciente.

A prestação de contas foi feita durante a eleição do hospital, no início desta semana. De acordo com os dados, o hospital encerrou 2018 com déficit de R$ 3,1 milhões. As receitas somaram R$ 48,3 milhões e as despesas R$ 51,5 milhões. De acordo com Baer, os números foram piores que R$ 2017, cujo déficit foi de R$ 2,4 milhões.

Atualmente, a dívida da Santa Casa ultrapassa R$ 25 milhões. No entanto, Baer demonstra motivação e empenho para continuar à frente da instituição. “Os números não são bons, mas vemos que houve avanços. Melhoramos a parte da estrutura, do atendimento e isso dá mais motivação para continuar, principalmente pelo apoio que temos da diretoria, que apoia a continuidade do nosso trabalho”, afirma o presidente.

Aumentar a arrecadação será uma das prioridades. Para isso a diretoria vai estar buscando maior apoio junto às prefeituras de Campo Mourão e região, bem como cobrando mais dos deputados que representam a região junto aos governos estadual e federal. “Vamos buscar mais recursos para a Santa Casa e ao mesmo promover contenção de gastos, lógico que sem prejudicar a qualidade do atendimento.”

Ele lembrou que a Santa Casa de Campo Mourão é hospital referência em atendimento em saúde para toda a Comcam, que abrange praticamente 330 mil habitantes. Para este mandato, ele disse que a expectativa é continuar melhorando a gestão dentro do hospital. “Vamos continuar buscando fazer o nosso dever de casa em relação a custos e atendimento e lógico buscar a aproximação do hospital com os entes públicos e sociedade porque sabemos que infelizmente temos uma grande dependência do órgão público”, falou.

Para se ter ideia, de acordo com os números apresentados, 72% dos internamentos foram feitos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e 28% de internações na ala particular, através de convênios. “A gente sabe que a tabela SUS não paga custos, então se não tivermos apoio do governo e prefeituras da região fica complicado”, argumentou o presidente.

Serviços prestados em 2018 pelo hospital

110.139 – Atendimentos ambulatoriais

4.028 – Atendimentos no Pronto Socorro

3.071 – Cirurgias

3.497 – Sessões de quimioterapias

15.655 – Sessões de Radioterapia

23.818 – Exames de Raio X

2.955 – Exames de Mamografia

6.894 – Exames de Ultrassonografia

7.383 – Exames de Tomografia

586 – Endoscopia

482 – Colonoscopia

59 – Exames de Broncoscopia

12.636 – Exames Laboratoriais

3.732 – Exames Anátomo Patológico

2.271 – Nascimentos

11.996 – Internamentos

Fonte: Tribuna do Interior