A equipe do ambulatório de cirurgia bariátrica para o Sistema de Único de Saúde (SUS) da Santa Casa comemora os resultados do primeiro ano de funcionamento do serviço: 165 pacientes com obesidade já fizeram a gastroplastia restritiva (cirurgia de redução do estômago) e se recuperam bem. Outros 150 pacientes já estão em acompanhamento para possível cirurgia pelo ambulatório da Santa Casa. Desses, 30 já venceram todas as etapas preparatórias e devem ser submetidos à cirurgia nos próximos meses. Desde que foi aberto, o serviço realiza, em média, 11 gastroplastias restritivas por mês.

O responsável técnico pelo serviço, o cirurgião do aparelho digestivo, Milton Ogawa, afirma que chegou a fazer 20 cirurgias em alguns meses. “Nosso compromisso  é alcançar 30 cirurgias por mês em 2012”, afirma o médico que trabalha há 12 anos com cirurgia bariátrica. “A gente sabe das dificuldades desses pacientes, por isso, corremos atrás até conseguirmos instalar o serviço pelo SUS”.  A Santa Casa de Londrina foi credenciada para a cirurgia bariátrica pelo SUS em abril de 2010, depois de 10 anos do primeiro pedido de credenciamento feito pelo Hospital. A primeira cirurgia foi realizada no final de setembro de 2010.

 

Resgate da saúde

Para os pacientes já operados, o tratamento significa o resgate da saúde e qualidade de vida. Rosângela Aparecida da Silva Ribeiro, 37 anos, hoje 66 kg a menos, é considerada um dos melhores resultados até o momento. “Depois de dez anos esperando na fila, a cirurgia trouxe uma grande mudança na minha vida”, afirma. Rosângela, que trabalhava como empregada doméstica, voltou a estudar e hoje faz faculdade de Direito.

Ângela Tereza Lucchesi, 46 anos, na época com 170 kg, chegava ao ambulatório de bengala. “Andar era o pior pra mim. Tinha muita dificuldade, muita dor”, lembra.

Por conta dessa dificuldade, ela afirma que não conseguia nem subir em ônibus.  “Hoje tudo acabou. Foi um renascimento. Sou outra pessoa em todos os sentidos”, comemora, um ano depois da cirurgia e com peso oscilando entre 108 e 109 kg.

O jovem Albert Shin-Iti Kashiwaba, 27 anos, foi um dos primeiros pacientes a serem submetidos ao procedimento. Com 192 kg na época da cirurgia, hoje Albert está com 120 kg – uma redução de 72 kg e muitas dificuldades. “Antigamente eu andava cinco minutos e as costas começavam a doer. Se precisava ficar numa fila, ia logo procurando uma coluna para apoiar. Agora eu consigo até dançar. Dá vontade de fazer de tudo”, conta animado.

Serviço:

Os pacientes atendidos pelo ambulatório de cirurgia bariátrica da Santa Casa são todos encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Até chegar à cirurgia os pacientes passam obrigatoriamente por consultas e exames com cirurgião geral e endocrinologista, psicóloga (4 sessões, no mínimo) e nutricionista. Ao final, os pacientes participam de uma palestra com a equipe multiprofissional (cirurgião geral, psicóloga e nutricionista). Todo o acompanhamento pré e pós-cirúrgico é feito no próprio ambulatório do Hospital.

Fonte: Comunicação Santa Casa