Herdeira de uma tradição que remonta a mais de 500 anos e iniciada em Portugal, a Irmandade da Santa Casa de Londrina (ISCAL) lança no dia 15 de agosto o livro  “A Santa luta da nossa Casa”. O livro resgata parte de sua história, que, ao mesmo tempo, é a história da medicina, da enfermagem e da assistência social do Norte do Paraná. Pois a Santa Casa concentrou e irradiou essas atividades nos primórdios da região. Atividades inspiradas na solidariedade, responsável por sua existência e sobrevivência.

A Santa Casa foi inaugurada em 7 de setembro de 1944, concentrando a atenção à saúde até então oferecida pelos hospitais da Companhia e dos Indigentes. O Hospital da Companhia, em funcionamento a partir de 1933, era mantido pela empresa colonizadora, a Companhia de Terras Norte do Paraná, e seus serviços eram cobrados. O dos Indigentes foi iniciativa do médico Gabriel Carneiro Martins para enfrentar um surto de febre tifóide, em 1937, passando a atender aos pacientes sem recursos – os “indigentes”. Os dois hospitais foram desativados na véspera da inauguração da Santa Casa e seus pacientes transferidos para o novo hospital.

“A Santa Casa é fruto do espírito de doação da comunidade pioneira do Norte do Paraná”, afirma o médico Fahd Haddad, diretor superintendente da instituição. “A solidariedade que a inspirou, baseada no princípio cristão da caridade, está em vigência até hoje, apesar dos novos tempos, marcados pelo Sistema Único de Saúde”, acrescenta Haddad.

A Irmandade da Santa Casa, responsável pela administração do hospital e oficializada em 1940, é derivada da Sociedade Beneficente de Londrina, criada em 1º de março de 1936 para obtenção de recursos que permitissem a construção do grande hospital público condizente com uma população em rápido processo de crescimento. Sua primeira diretoria foi formada por Arthur Thomas (presidente), João Wanderley (vice), João Menezes (secretário) e Elias Tarran e Daniel Gomes Leme (tesoureiros).

O engajamento da comunidade, responsável por financiar inteiramente a obra, foi reconhecido, durante a inauguração do hospital, pelo provedor José Bonifácio e Silva, que o definiu como a “casa de um em particular e a casa de todos em geral”.

“A Santa luta da nossa Casa”, de autoria do jornalista e escritor José Antonio Pedriali, confirma a ação constante da solidariedade para a sobrevivência da Santa Casa, aborda seu estado de crônica escassez de recursos e registra algumas de suas fases críticas. E ressalta a profecia do padre José Kentenich, fundador do Instituto das Irmãs de Maria de Schoenstatt, que cede suas irmãs para os serviços de enfermagem do hospital desde sua inauguração. Kentenich definiu a Santa Casa como uma “casa de luta, que vencerá sempre”.

A Santa Casa incorporou os hospitais Mater Dei e Infantil Sagrada Família, mantém o Centro de Educação Profissional Mater Ter Admirabilis e está concluindo a construção do quarto bloco no terreno onde iniciou suas atividades. A conclusão deste bloco, orçado em mais de R$ 40 milhões, elevará a capacidade da Irmandade para 498 leitos, entre eles 104 de terapia intensiva. Atualmente, o complexo disponibiliza 335 leitos, entre eles 66 de terapia intensiva.

Após o lançamento, o livro  estará a venda na livraria Curitiba, do Shopping Catuaí preço R$ 35,00 – com renda revertida para benfeitorias na Santa Casa e Hospital Infantil.

A Santa Luta da nossa Casa
Gênese, personagens e desafios da Irmandade da Santa Casa de Londrina
Páginas: 384
Autor: José Antonio Pedriali

Lançamento: 15 de agosto –  19h30
Museu Histórico Padre Carlos Weiss
(Rua Benjamin Constant, ao lado do Terminal Urbano)

Fonte:  Assessoria de Comunicação | ISCAL